• Artigos Diversos
• Postado em Nov 14, 2009

Minha alma

Escrever, abrir os caminhos da mente, encher o vazio de vida, de verdades fantasiadas e devaneios se materializando em traçado.
Vontade de dizer, de externar, de apontar naquela direção. Anseio de fazer figurar, de tornar o prazer palpável e se conceber invisível.

Deixar, despir, se descobrir. Revelar, assim como captar a imagem da foto, captar a luz, a forma, a cor.
O sentir? Sei sim e gosto! Do amor sou passageira constante! Estou sempre enamorando, amo o que cativo e aonde transformo com as próprias mãos, amo os compassos do coração e os devaneios da mente, amo o filho que está e o que ainda não veio, amo as afeições, as afinidades e amo o que seduz, o que encanta, a lua em suas fases, amo o cheiro de mato molhado e os raios de sol na fronte, amo o movimento de ser a todo momento e a descoberta. E na diferença, amo o desequilíbrio que desconstrói para o recomeço.

Sou um ser paciente, olho o outro como a mim mesma, mas de todos os defeitos, não tolero a maldade.
As cicatrizes, ainda me doem de quando em quando, sempre que o tempo muda,
Não me permito ser água de poça, quero ser rio corrente. Sigo em busca de nova direção.
Se o certo não é certo, e o errado não é errado, eu estou no relativo! Relativamente, estou encontrando “perguntas” para respostas que me surgem de variáveis intermináveis. E desta forma, vou movimentando o cíclico curso da reflexão. A constância do processo de confronto incessante de idéias e projeções é uma tarefa demasiadamente árdua e paradoxalmente aprazível para mim. No encontro de mais de um intelecto, sempre há uma lapidação, no encontro de dois seres pensantes sempre há o diálogo, no encontro de duas vidas, uma interseção... e no “acaso”, um Deus e um diabo ao mesmo tempo.

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