- Poesias
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fluorescente
talvez você não entendalendo o que escrevo,
se assuste
se me ouvir falar
mas meu corpo grita,
gritos de um desespero profundo
de medo da incompreensão,
da fuga que você pode planejar depois
mas grito porque já não cabe em mim
e não guardo o que me cabe
e nem o que me desespera
a intensidade que me habita, me governa
funciona como um interruptor
sem botão pra apertar
ligado por conexões elétricas,
sinápticas, sensacionais
e aí, eu sinto,
sinto muito,
e desaprendi, ou talvez nunca tenha aprendido,
a não me deixar levar
transbordo o que for bom,
escoo o que for ruim
sem sentir pela metade
ou pleno clarão
ou imensa escuridão
passando, apenas,
as vezes,
pelo por do sol
aí a gente se encontra,
divide o mesmo ar,
praticamente o mesmo espaço físico,
além dos sorrisos, risos, felicidades e ausência de dor
me torno casa das luzes
visivel a olho nu de qualquer ponto do universo
amanhã serão outros encontros
passíveis de outros momentos
com outras fontes de luz
depois do amanhã reacendemos
as luzes apagadas
desligamos as acesas
até que o agora se faça amanhã
eu te amo hoje
amo agora
amanhã não sei
sinto muito se isso te fizer correr
Atualizado em: Seg 8 Jun 2020