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🔴 Os últimos serão os primeiros
Os institutos de manipulação de eleições (lojinhas de porcentagens, segundo o jornalista Augusto Nunes) continuam sinalizando quem deve ganhar, perder e ser ignorado. A imprensa anuncia os novos números como se estivesse revelando um segredo proibido. E o eleitor pode ou não aceitar a, digamos, orientação eleitoral.
Sempre errando, esses institutos de pesquisa se eximem da culpa, dizendo que aqueles números muito diferentes eram o retrato do momento: dessa maneira, não tem como errar, já que o “engano” é o acerto do passado. Além disso, a margem de erro abre uma greta para a distância entre realidade e ficção (ou torcida). Assim, a vida segue com os primeiros que podem ser terceiros; os terceiros que podem ser primeiros; os que não devem nem ir para o segundo turno, mas podem vencer; e os que podem vencer, mas não vão nem para o segundo turno.
Acredito que a aferição de intenção de votos reflete a realidade, só não creio que sejam feitas em ambientes aleatórios. Em certos locais, é possível prever a predominância do viés eleitoral e o resultado da pesquisa. Explico: na porta da CUT (Central Única dos Trabalhadores), independentemente de quem seja o candidato, o de esquerda será o escolhido.
No fim, resta um tipo de concurso entre as pesquisas, no qual sempre se torna mais crível a que mais se aproximou do resultado da apuração.
Curiosas, e muito mais livres de confronto com a realidade, são as pesquisas de intenção de voto muito antes de existirem sequer pré-candidaturas. Nessas, surgem nomes de “celebridades”, que, se no futuro forem candidatas, estarão fadadas a cancelarem a empolgação e substituirem pela certeza do derretimento (em São Paulo, conhecida como “Efeito Russomanno”).
Atualizado em: Qua 9 Out 2024