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A carta - Prosa poética
Quanta magia disseminada nesses dias. Acordei pensando naqueles momentos, momentos eternizados de tanto carinho e atenção... Palavras não expressam todas essas horas que viajo entre sonhos e lembranças dos momentos que passamos juntos, nessa luta diária nestas nossas vidas, mas cheia de ternura e poesia.
Pode-se viver tantos momentos ternos, quando se encontra os sonhos numa feição calma e olhares cheios de esperanças e confiança, que traduz seus pômulos roseados, seus olhares introspectivos, com esses olhos vivos e brilhantes, seu silêncio contemplativo, sua presença insinuante.
Andava esquecido desses tempos românticos, diante de tanta intolerância, tanta violência, tantos medos! Andava perdido por estes caminhos tortuosos, despossuídos de calma. Agora, deixo-me levar pela placidez desses momentos sem pressa e angústias ao seu convívio.
Demorei muito a encontrar um olhar como o seu, cheio de ternura. Nunca me cansarei de buscar seus olhos, suas mãos, mãos que me confortam, seus abraços, que falam através de carícias e afagos!
De todos os lugares que desejo estar no mundo, só lá estarei se tiver ao seu lado, ao sabor de seus lábios, aos odores disseminados do seu corpo embriagando-me.
Disse um poeta que as cartas de amor são ridículas. Pode ser! Ainda que assim seja, não me preocupo em me tornar ridículo, ao buscar nas minhas entranhas palavras que expressem esses sentimentos que me inundam, me alimentam, que me deixam tão ridículo!
Alguma vez serei torpe com minhas angústias, com suas ausências, mas estarei cheio de esperança nesses dias de aprisionamentos ofertado nessas entregas, pelo aroma inebriante da sua boca, por essas sombras que dançam nos enlaces e desenlaces dos nossos corpos nessa cama...
Atualizado em: Sáb 15 Jun 2024