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Antropofagia cotidiana

Adentro abruptamente, a porta se fecha lentamente atrás de mim. No início, sinto um vigor que aos poucos se esvai, minhas têmporas palpitam, e o suor escorre por elas. Minhas mãos tremem, a falta de ar se instala. Ao erguer os olhos, me deparo com pensamentos confusos, uma sensação de peso sobre a cabeça que encurva meu pescoço, paralisando meu corpo. Os olhos exigem esforço para se erguer, como se um peso hercúleo os impedisse. Um raio de luz revela uma sala de aula, onde aguardo, resignado, o tempo passar, ciente de que serei a próxima refeição dessas criaturas famintas.
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Atualizado em: Seg 11 Mar 2024

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