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Devaneios sobre o cotidiano
Alívio.
Esse texto é um alívio para mim e para minha mente. Com tanta coisa passando pela minha cabeça, as vezes se torna difícil orrganizar as idéias, filtrá-las, separar o joio do trigo.
Eu penso em fazer planos, vários planos. Sonho o tempo todo. Crio cenários.
Me faço perguntas também, inúmeras. Será que existe céu e inferno? Será se um dia eu vou ser alguma coisa ou construir algo? Será se devo relaxar e viver minha vida sem me sentir ansiosa o tempo todo?
As vezes é necessário entrar com uma medicação específica para dar uma acalmada na minha mente.
Os flashs, as idéias e pensamentos chegam ao mesmo tempo no meu consciente.
Não consigo separá-los.
Preciso perder 15 quilos, preciso me dedicar a pós, preciso parar de fumar e diminuir o café.
Também tenho que parar com o açúcar, me dedicar mais a minha aparência (um tanto desleixada), quem sabe passar a tomar mais chás do que remédios para me acalmar.
Preciso ganhar dinheiro, pagar minhas próprias contas, amadurecer mais, fazer exames de rotina e diminuir as compras pela internet.
Então é aqui que eu foco.
A minha vida está uma bagunça e eu não estou fazendo nada para mudá-la. E tudo passa tão rápido! Até ontem eu tinha 24 anos vivendo a vida de um jeitinho gostoso, começando a acelerar o passo.
Mas hoje aos 32 eu vejo que eu preciso me organizar. Eu não sei como consigo viver assim, por mais que eu analise e saiba o que tem que ser feito, eu só fico nos planos.
Os 40 jájá chega, será que irei evoluir? Eu não confio em mim mesma, eu conheço o meu grau de procastinação (extremo).
Mas assim, quem disse que a regra é ter carro, casa, emprego, filhos, viagens programadas de final de ano quando está na casa nos 30/40? Eu não me sinto tão pressionada em relação a esses fatores, eu me preocupo mais comigo, com o meu ser, meu espirito, meu corpo.
Os meus pais nunca foram de cobrar muito, claro, eles comentam: ‘’Está estudando? Está indo na academia? E aquele concurso público?’’. Mas é algo leve, nada de criar neuras.
Depois do meu diagnóstico, a vida ficou mais difícil de ser vivida. Metas e planos parecem ser um pouco mais complicados. Mas eu não posso colocar toda a culpa na bipolaridade. Antes da doença, vem eu, e eu não estou fazendo a minha parte.
Será que esse ano algo muda na minha vida? Será se me tornarei mais madura ou responsável? Eu não posso passar outro ano fazendo as mesmas coisas.
Comecei a escrever e me sinto melhor, colocar tudo para fora está me deixando mais leve, solta, aliviada. Já é um começo, algo diferente que estou fazendo esse ano.
Assim sigo devaneando, refletindo e escrevendo. Consigo organizar melhor minhas idéias, contar minhas histórias dividir um pouco do que eu sou.
Atualizado em: Dom 21 Jan 2024