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Calmaria

Que horas são?
Não sei. Mas, pela janela posso ver o sol se esconder, timidamente, entre densas nuvens.
Ouço estrondos entre elas. Pode ser que se desmanchei em chuva nesse final de cálido dia.
Observo o balançar das folhas da mangueira no quintal do vizinho. Parece que brincam e riem para o vento impiedoso. Estão calmas, seguras.
O tronco que as sustenta tem raízes profundas, é forte. Parece desafiar a tempestade que se insinua. O céu agora é cinza escuro.
Observa-me a mangueira! Sirpreende-me, calmamente, parece estender-me seus braços. As folhas se divertem com meu olhar sóbrio e solitário.
O vento sussurra aos meus ouvidos, serena minh'alma. Sinto calma a natureza a me fitar.
Fantasias e sonhos coloridos, neste momento, ofuscam o acinzentado inconsciente de raízes profundas emeu ser.
Novas emoções sorriem num instante mágico de calmaria em meio à tempestade, no final de de um cálido dia.
Acolho a noite sem luar e a carícia da brisa suave que deitam-se em minha fria cama e aquecem meu ser.
Sou lua, sou vento e brisa; o balanço das folhas da mangueira e a janela que fecha a tempestade lá fora e deixa entrar o sono de paz e aconchego.
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Atualizado em: Qui 2 Nov 2023

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