A VIDA E A MORTE

É interessante refletir acerca de temas tão palpitantes e não raro, viajo nos meus pensamentos tentando entender esses fenômenos cruciais da nossa existência.
A vida, como você a definiria? Já escrevi algo dizendo: “a vida é uma viagem por águas desconhecidas, as vezes calmas outras revoltas que sempre, inexoravelmente, nos leva a um destino certo: a morte.”

É claro que se pensarmos de forma mais pragmática, a vida, bem como a morte, não passam de eventos biológicos de reprodução, desenvolvimento, perecimento e extinção. Tudo se resume a um acender e apagar de luzes.

Meu pai, tinha uma visão que refletia bem a sua personalidade e sabedoria. Reproduzo aqui um poema que ele escreveu chamado “Conviver”:

 

“Não vale a pena disputar migalha:
muito menos flagelar-se no mutismo

que fere o corpo e a mente entulha

de vis fantasmas, alvo de exorcismo.

 

A vida é dádiva; é um hino

que a natureza erigiu em baluarte.
E se viver é um dom quiça divino,
conviver é saber, é amor, é arte.

Vivamos então, deixemos as migalhas e nos importemos com aquilo que realmente importa. A vida é valiosa demais para desperdícios.

A imprevisibilidade do amanhã nos remete à importância do hoje.

Conscientes de que um dia morreremos, sigamos então valorizando cada dia das nossas existências para que ao final desta incrível jornada, possamos dizer: que pena que acabou, mas valeu, valeu muito!

 

 

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