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A nefasta filosofia do Bolsonarismo

O Bolsonarismo nada mais é do que uma cartilha pré-estabelecida baseada no conservadorismo tradicional, amparado pela religião e uma suposta visão liberal de mercado. O uso da mídia como forma de comunicação em massa é vital para que seus ideais sejam propagados. Esta visão conservadora, baseada em princípios religiosos que beiram ao extremismo, carrega o patriarcalismo como base, dando pouco poder de liberdade de expressão à mulher e grupos minoritários em geral. A ideia é reduzir ao máximo o poder de voz das minorias em direção ao projeto nacional da maioria mostrando certa desconexão com a liberdade de expressão em si. Esta política de redução do poder de voz e diálogo pode ser amparado por grupos ideologicamente preparados com as diretrizes da cartilha, armados ou não, visando estabelecer uma "sociedade limpa". O discurso do bolsonarismo aproxima-se do Fascismo mais refinado no século XXI, tentando interferir na célula familiar de alguma forma, indicando as diretrizes que devam ser seguidas para o estabelecimento desta "sociedade limpa e purificada". No caso, grupos considerados ideologicamente "fora da cartilha" não terão vez.

Nesta linha de pensamento, o Brasil, dá um passo para trás. A Constituição garante no artigo 5º e seus incisos, direitos pétreos e garantias universais ao que nascem e vivem em solo brasileiro. A liberdade de expressão fica limitada ao discurso da cartilha. Na prática, o Bolsonarismo tende para um governo de estrutura Teocrática menos rígido que o Irã já que a participação de grupos religiosos específicos assumem importância dentro do poder amparado pela força militar. Não deixa de ser a base para a implantação de uma ditadura religiosa amparada pelo militarismo e a monarquização do poder através da fachada eleitoral controlada. Daí o ataque às urnas e a constante ameaçada de golpismo. A imprensa dentro deste processo passa a ser controlada pelo Estado e só refletirá o pensamento governamental bolsonarista. Tudo isto em nome da preservação da família. Amparado pelo patriarcalismo, fica mais fácil o controle político, reduzindo direitos universais já adquiridos da população em geral.

A ideia do Bolsonarismo leva para os tempos da Idade Antiga onde o patriarcalismo rigido e severo davam as cartas misturado com tendências de Fascismo do século XX onde há perseguição contra outras formas de pensamento e até eliminação direta como vemos no caso do rapaz morto no Paraná numa festa. A formação de um grupo ideológico e armado, fiscalizndo quem não siga as regras estabelecidas pela doutrina bolsonarista, articulado com uma polícia política em forma de milícia, ficam bem evidentes. Não é exagero se formos ver a realidade prática. A liberação e até facilitação da aquisição de armas e ampliação de estabelecimentos à pratica de tiro, visam mais a formação de milícia própria do que propriamente uma suposta defesa contra a bandidagem. Precisa-se analisar o que a cartilha bolsonarista aponta como bandido. Grupos politicamente contrários ou realmente quem descumpre a lei penal estabelecida no cotidiano?

Na parte econômica a ideia central é eliminar aquilo que a cartilha considera custo ou gasto na parte de empresas públicas. Vender empresas públicas ou até mesmo a total privatização delas é a meta desta forma de pensamento. Isto compromete a política de setores estratégicos estatais já que tais empresas estarão nas mãos de grupos privados podendo encarecer os serviços ou produtos. O Estado foca-se ao atendimento de uma plutocracia religiosa que fará a manutenção do governo e da expansão doutrinária. O foco é a ampliação da idolatria como pode ser visto no discurso da Primeira-Dama dizendo que Bolsonaro foi "enviado por Deus". Tal absurdo resgata os tempos já vividos do passado distante, a sociedade romana e outras tantas, mostrando o princípio da deificação de entidades políticas. No campo internacional isto é mal visto e já superado por experiências vividas no passado, especialmente na 2ª Guerra Mundial com o Nazismo e o Fascismo.

Cabe ao povo informar-se e estudar ainda mais sua própria História para que tais erros não sejam cometidos. Um povo que negligencia sua História fica sem rumo, não sabendo para onde ir. O resgate da consciência histórica além do levantamento de pautas que impeçam a repetição de tendências autoritárias será fundamental para não darmos nova chance à cartilha do governo atual. A liberdade, é depois do direito a vida, nosso maior bem. Ela é inegociável e inalienável. Pensemos nisto.
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Atualizado em: Qui 4 Ago 2022

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