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Fazendo Pós sobre História Afro-Indígena
O século XXI é pautado por pensamentos tecnicistas onde as pessoas devem formar-se para os campos mais rentáveis de trabalho. Neste sentido, privilegia-se a capacidade técnica e muitas vezes esquece-se as relações humanas. Indo contra esta maré, resolvi tirar um tempo para mim e fazer outra Pós-Graduação voltada para a História Afro e Indígena. Recebi muitas críticas e ouvi: como fazer dinheiro com isto? Gastar para fazer uma Pós-Graduação nesta área? Desperdício de dinheiro! Ao contrário dos críticos, meu pensamento passa não só pelo conteúdo histórico e faz-me adentrar em defesa dos negros, indígenas, grupos LGBT, a questão da mulher e etc. Qual seria o interesse nisto tudo se sou branco caucasiano?
Bom, vamos lá! Primeiramente, sou apaixonado por História do Brasil e do Estado de São Paulo. Outro ponto importante é o fato de ser apaixonado por escola de samba e Carnaval e ouço muito sambas de enredo de diversas épocas sobre os temas. Terceiro: acho importante engajar-me na luta pela defesa de tais grupos promovendo o interesse pelo conhecimento de suas ideias. No campo do trabalho é uma forma de lidar com pessoas de diversas culturas, estruturas econômicas e até mesmo fomentar projetos sociais, ampliando a luta e trazendo a consciência histórica como ferramenta para isto.
O fato de matricular-me e estudar as 6 unidades de cada matéria (são duas disciplinas por módulo tendo ao todo 12 no período de 9 meses), mudou muito meu astral e deu um novo incentivo para tão logo propor o andamento do centro cultural que pretendo fazer através de parcerias onde a homenageada será a ativista alemã Sophie Scholl. Notei também o nível de preconceito existente, pessoas minimizando o assunto e estou percebendo que o racismo e o preconceito são fortíssimos no Brasil. Fica cada dia mais evidente que o Brasil é um país que precisará de ações afirmativas e a quebra do racismo institucional e estrutural.
Estudar História não é resgatar coisas antiquadas ou velhas. É preciso entender que temos muita informação para não errarmos, estudarmos, compreendermos e projetar um país mais humano, atendendo aos interesses individuais e sociais. A História é uma forma de tomarmos consciência propondo novos caminhos. Ela nos mostra onde erramos e aponta um norte para que tenhamos leis melhores e mais práticas para eliminarmos o racismo, preconceito, desigualdades e etc. Quem não entende isto em nosso século precisará dar uma respirada e começar a pensar que a História faz parte do nosso cotidiano.
O que li no começo do curso mostra que estamos anos-luz de entendermos uma sociedade indígena e os métodos de abordagem, entendermos a importância de uma sociedade quilombola e a necessidade de sua existência. Cabe lembrar que o Multiculturalismo Intercultural é algo que precisa ser muito bem estudado permitindo uma expansão mental e prática do entendimento de novas sociedades e culturas. O mundo não é só Brasil, seu estado ou cidade. Ele é complexo rico de troca de informações onde a multi perspectividade dará a ideia de que precisamos cada vez mais entendermos o outro, aquilo que chamamos de alteridade.
Por fim, vejo uma tendência preconceituosa vindo até de parentes! Há um processo enraizado de minimização do estudo afro-indígena, mostrando um desligamento não só destes da História como grande parte do país. No fundo, a morte de Dom e Bruno, só ratificou minha decisão: precisamos nos unir e lutarmos pelas questões sociais, ambientais, demarcações de terras, combate as atividades mineradoras ilegais e grileiros, permitir liberdade de cultos africanos sem censura, valorizar as mulheres do nosso país e em qualquer parte do planeta! Estamos longe de sermos uma sociedade justa e humana. Espero que mudemos.
Bom, vamos lá! Primeiramente, sou apaixonado por História do Brasil e do Estado de São Paulo. Outro ponto importante é o fato de ser apaixonado por escola de samba e Carnaval e ouço muito sambas de enredo de diversas épocas sobre os temas. Terceiro: acho importante engajar-me na luta pela defesa de tais grupos promovendo o interesse pelo conhecimento de suas ideias. No campo do trabalho é uma forma de lidar com pessoas de diversas culturas, estruturas econômicas e até mesmo fomentar projetos sociais, ampliando a luta e trazendo a consciência histórica como ferramenta para isto.
O fato de matricular-me e estudar as 6 unidades de cada matéria (são duas disciplinas por módulo tendo ao todo 12 no período de 9 meses), mudou muito meu astral e deu um novo incentivo para tão logo propor o andamento do centro cultural que pretendo fazer através de parcerias onde a homenageada será a ativista alemã Sophie Scholl. Notei também o nível de preconceito existente, pessoas minimizando o assunto e estou percebendo que o racismo e o preconceito são fortíssimos no Brasil. Fica cada dia mais evidente que o Brasil é um país que precisará de ações afirmativas e a quebra do racismo institucional e estrutural.
Estudar História não é resgatar coisas antiquadas ou velhas. É preciso entender que temos muita informação para não errarmos, estudarmos, compreendermos e projetar um país mais humano, atendendo aos interesses individuais e sociais. A História é uma forma de tomarmos consciência propondo novos caminhos. Ela nos mostra onde erramos e aponta um norte para que tenhamos leis melhores e mais práticas para eliminarmos o racismo, preconceito, desigualdades e etc. Quem não entende isto em nosso século precisará dar uma respirada e começar a pensar que a História faz parte do nosso cotidiano.
O que li no começo do curso mostra que estamos anos-luz de entendermos uma sociedade indígena e os métodos de abordagem, entendermos a importância de uma sociedade quilombola e a necessidade de sua existência. Cabe lembrar que o Multiculturalismo Intercultural é algo que precisa ser muito bem estudado permitindo uma expansão mental e prática do entendimento de novas sociedades e culturas. O mundo não é só Brasil, seu estado ou cidade. Ele é complexo rico de troca de informações onde a multi perspectividade dará a ideia de que precisamos cada vez mais entendermos o outro, aquilo que chamamos de alteridade.
Por fim, vejo uma tendência preconceituosa vindo até de parentes! Há um processo enraizado de minimização do estudo afro-indígena, mostrando um desligamento não só destes da História como grande parte do país. No fundo, a morte de Dom e Bruno, só ratificou minha decisão: precisamos nos unir e lutarmos pelas questões sociais, ambientais, demarcações de terras, combate as atividades mineradoras ilegais e grileiros, permitir liberdade de cultos africanos sem censura, valorizar as mulheres do nosso país e em qualquer parte do planeta! Estamos longe de sermos uma sociedade justa e humana. Espero que mudemos.
Atualizado em: Qui 28 Jul 2022