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História por textos fragmentados vale a pena?
Este novo modelo é feito da seguinte maneira: juntam-se diversos autores(as) que escrevem assuntos específicos, separa-se num mega tópico tipo Economia e fecham aquele tema. Repete-se um novo mega tópico em Política, Cultura e assim vai a obra. Cada capítulo dentro deste mega tópico não passam de 25 páginas e quem escreve trata-o de forma global não entrando na narração de eventos ou fatos em detalhes. Isto complicou bastante minha vida. É difícil fazer uma associação entre a página 25 e a 346 do livro, sendo que na 25 fala-se de Economia e 346 de Política sobre o mesmo período. Resumindo: é ruim para ter o entendimento do assunto. Este problema em especial foi detectado nos 3 volumes que adquiri sobre a História do Estado de São Paulo em parceria da Editora Unesp, Imprensa Oficial e Arquivo Público. A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo usa este método em suas obras. A única vantagem disto é obter textos fragmentados captando a ideia de diversos autores e autoras. No fundo, é horrível estudar assim. Isto sem contar que os livros parecem destinados para historiadores(as) e não ao público comum, carecendo de gravuras e fotos, tendo muita página escrita sem uma imagem sequer tornando-se cansativo a leitura das obras. Há excesso de notas de rodapé. Se você procura movimentação de tropas, personagens, como foi o conflito e cidades que ocorreram a Revolução de 1932, esqueça. Nem a fundação de São Paulo foi citada começando o livro 1 na parte de Economia já no século XVII após passar 50 páginas sobre Geologia e Clima paulista de forma muito detalhada e cansativa.
Isto não atendeu minhas necessidades. Como entender a História do Estado de São Paulo sem citar Tibiriçá, João Ramalho, Bartira, Anchieta e Manuel da Nóbrega? No ponto como entender a Revolução Constitucionalista de 1932 sem citar um Guilherme de Almeida ou Maria Sguassábia? Ainda: sem mostrar onde ocorreram os conflitos e como foi em si? Ao afastar as minúcias, globalizando tudo, fragmentos textuais coletados de ótimos autores e autoras, a maioria doutores(as), mata-se a essência dos fatos. Na República Velha, cita-se a Revolução de 24, explica-se como chegaram até ela mas não entra no evento em si. Talvez, seja uma tática para comprar mais livros sobre a especificidade dos temas em questão mas recaímos novamente em textos fragmentados! Aí fica difícil captar a História por datação anual, método mais utilizado no cotidiano escolar e universitário. Entendo perfeitamente que tudo muda mas esta forma de aprender é confusa e quem deseja seguir uma cronologia sofrerá bastante. Não sei como conseguem separar Política, Economia, Cultura, Tecnologia, acreditando que o leitor ou leitora reunirá todos estes fragmentos textuais numa ideia única da época após ler mega tópicos exaustivos. O pior que adentram a economia de Jaú num tempo e Santos em outro, depois muda-se o foco e assim vai. Não entendo como alguém pode aprender uma História do Estado de São Paulo assim. Suponho ser muito burro ou há algo de errado.
Dá para captar alguma coisa? Sempre dá. O problema que o vai e vem textual, fruto de várias mãos, atrapalha o entendimento. Posso fazer uma comparação ao grosso modo: é como se estivessem copiando os modelos de gibis antigos da Turma da Mônica com várias histórias só que separados por assuntos específicos. Não sei como são as vendas destas obras e tiragens, devem ser poucas, afinal, são livros caros e muito técnicos, mostrando destino específico à nata de historiadores(as). Após o término dos 3 volumes, a parte Política do livro 2 parou no Estado Novo na época getulista, só voltarei a reler tais obras caso ingresse em curso superior em História. Não sei qual o intuito de fragmentar uma História como a paulista. Uma obra partindo da sequência de datação anual em 500 ou 600 páginas de autor único seria melhor que 3 volumes tendo quase 1300 páginas de conteúdo fragmentado por várias mãos. Outras obras da Imprensa Oficial seguem o mesmo perfil. Comprei um livro sobre a Cultura Paulista e realmente tive o mesmo problema. O uso da Econometria em diversas obras da Imprensa Oficial é notório. Bom para quem estuda profundamente a área. O assunto História do Estado de São Paulo já é raro de achar e quando acha há fragmentação textual, fica difícil ao leitor ou leitora que entusiasma pelo tema, ler de forma fácil e sem o enjoativo mega tópico. Foram R$ 262,50 que investi em 3 volumes ao qual serão mais objetos de consultas particulares do que propriamente para explicar a alguém. Ao menos tentaram montar uma obra sobre o carente tema. Espero que melhorem, afinal, a população precisa conhecer a própria História do seu estado de forma simples e completa em volume único.
Isto não atendeu minhas necessidades. Como entender a História do Estado de São Paulo sem citar Tibiriçá, João Ramalho, Bartira, Anchieta e Manuel da Nóbrega? No ponto como entender a Revolução Constitucionalista de 1932 sem citar um Guilherme de Almeida ou Maria Sguassábia? Ainda: sem mostrar onde ocorreram os conflitos e como foi em si? Ao afastar as minúcias, globalizando tudo, fragmentos textuais coletados de ótimos autores e autoras, a maioria doutores(as), mata-se a essência dos fatos. Na República Velha, cita-se a Revolução de 24, explica-se como chegaram até ela mas não entra no evento em si. Talvez, seja uma tática para comprar mais livros sobre a especificidade dos temas em questão mas recaímos novamente em textos fragmentados! Aí fica difícil captar a História por datação anual, método mais utilizado no cotidiano escolar e universitário. Entendo perfeitamente que tudo muda mas esta forma de aprender é confusa e quem deseja seguir uma cronologia sofrerá bastante. Não sei como conseguem separar Política, Economia, Cultura, Tecnologia, acreditando que o leitor ou leitora reunirá todos estes fragmentos textuais numa ideia única da época após ler mega tópicos exaustivos. O pior que adentram a economia de Jaú num tempo e Santos em outro, depois muda-se o foco e assim vai. Não entendo como alguém pode aprender uma História do Estado de São Paulo assim. Suponho ser muito burro ou há algo de errado.
Dá para captar alguma coisa? Sempre dá. O problema que o vai e vem textual, fruto de várias mãos, atrapalha o entendimento. Posso fazer uma comparação ao grosso modo: é como se estivessem copiando os modelos de gibis antigos da Turma da Mônica com várias histórias só que separados por assuntos específicos. Não sei como são as vendas destas obras e tiragens, devem ser poucas, afinal, são livros caros e muito técnicos, mostrando destino específico à nata de historiadores(as). Após o término dos 3 volumes, a parte Política do livro 2 parou no Estado Novo na época getulista, só voltarei a reler tais obras caso ingresse em curso superior em História. Não sei qual o intuito de fragmentar uma História como a paulista. Uma obra partindo da sequência de datação anual em 500 ou 600 páginas de autor único seria melhor que 3 volumes tendo quase 1300 páginas de conteúdo fragmentado por várias mãos. Outras obras da Imprensa Oficial seguem o mesmo perfil. Comprei um livro sobre a Cultura Paulista e realmente tive o mesmo problema. O uso da Econometria em diversas obras da Imprensa Oficial é notório. Bom para quem estuda profundamente a área. O assunto História do Estado de São Paulo já é raro de achar e quando acha há fragmentação textual, fica difícil ao leitor ou leitora que entusiasma pelo tema, ler de forma fácil e sem o enjoativo mega tópico. Foram R$ 262,50 que investi em 3 volumes ao qual serão mais objetos de consultas particulares do que propriamente para explicar a alguém. Ao menos tentaram montar uma obra sobre o carente tema. Espero que melhorem, afinal, a população precisa conhecer a própria História do seu estado de forma simples e completa em volume único.
Atualizado em: Sex 22 Jul 2022