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Era uma vez na Segunda Guerra Mundial

A New Pop Editora tem um histórico de publicações for da curva. Seu catálogo é cheio de obras undergrounds, muito distante da saturação dos shonen e mahou shoujo de outras editoras. Mas acerta na publicação de obras curtas, com boa qualidade gráfica e que atinge leitores e leitoras de outras demografias, como os LGBT+ e adultos. El Alamein e outras batalhas é um desses mangás que valem ter na estante.
A coletânea de Yukinobu Hoshino reúne verdadeiras ficções históricas narradas através da 9ª arte. O ambiente á a Segunda Guerra Mundial, só incluindo outros elementos como o horror, a aventura, a espionagem e o drama, tudo em um volume único. A perspectiva nipônica sobre essa guerra que dividiu o século XX é pouco abordada no ocidente, conhecemos muito pouco do que lá aconteceu entre 1939 a 1945.
O autor nasceu no Pós-Guerra, em 1954, em Kushiro, na ilha de Hokkaido, ao norte do arquipélago nipônico. Ele chegou a cursar a universidade de Belas Artes e Música, mas desistiu. Suas obras envolvem ficção histórica e ficção científica hard, com um belo traço gekigá, realçando cenários com uma ótima ambientação. É um autor muito detalhista, tanto em pesquisa quanto em representação de objetos e máquinas.
A coletânea El Alamein e outras histórias foi publicada originalmente pela editora Gentosha Comics, na Revista Comic Birz entre os anos de 1996 a 1998. São cerca de cinco histórias, seis, se levarmos em conta que a quinta história é dividida em duas partes. Funcionam muito bem como contos de guerra. A história que dá nome ao título une muito bem ficção histórica e o fantástico.
É óbvio que ao ler, o leitor ou leitora gostará mais de uma do que de outra obra, mas todos os contos entretêm ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre o horror da guerra. Mas as histórias que eu mais gostei foram Mangá da Desonra Nacional 1 & 2. É nessa reconstituição dos fatos históricos que o autor Yukinobu Hoshino tece as suas críticas mais ácidas sobre o Japão do Pós-Guerra e o imperialismo estadunidense, são várias referências visuais, algumas eu não peguei, mas me fizeram rir.
O mangá está disponível em algumas lojas de quadrinhos online e livrarias especializadas. São 244 páginas em p/b, formato 15,2 x 22,6 cm, o miolo em papel offset e capa cartonada. Críticas mesmo só a capa pouco inspirada e a encadernação, pareceu faltar um pouco de cola na lombada. Mas não atrapalhou a minha leitura não, e continuo a recomendar a obra pra quem curte histórias de guerra.
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Atualizado em: Qua 15 Set 2021

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