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Carta aos pequeninos
A maioridade atinge ao moçoila da mesma forma que a morte
Uma ameaça previsível que almeja o presente
Dor que enforca a alma ao ser taxado imprudente
Esperam a tua perfeição, mas sequer tens um norte
Absorto pela curiosidade de estudar as vielas da carne
Sonhando com uma sala de aula exalando um doce bálsamo
Fragrância de hortelã? Talvez laranja ou até cânhamo
Ao desunir as pálpebras pela manhã sinto o palato do escarne
No crepúsculo aconchego-me na solitude
Mas jamais imaginei que o lar pudesse ser meu inferno
Um inferno que tento me desatentar em plenitude
Então como aviso aos menores deixo este documento eterno
Aproveite enquanto a vida não é um turbilhão de vicissitudes
Goze da juventude e cada momento terno
Atualizado em: Qui 14 Jan 2021