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Ela-eu-você
antes dela, alguém como ela nunca vina multidão, o olhar é distante
faz par com a noite
sozinha
deleita-se no fundo do que sente
e se desfaz
em tanto se perde, ela é o que é
mas agora se esqueceu
corre, olha aqui, olha lá
quer abraçar o desejo ardente que outrora sentia
seja ódio ou amor, a queimava
agora resta pensamentos cansados
ainda migalhas de afeto por sua juventude
mas não há possibilidade
não há esperança
ela mudou
contra seu próprio desejo
o que resta é desamor
esperança de sobrevivência
memorizando a lei da selva
quer ser forte o suficiente
receio que ela só saberá no final
ao perceber sua covardia
na renúncia da vida
Atualizado em: Seg 3 Jun 2019