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A Causa e o Propósito do Sofrimento – capítulo 34

Baseado no 31º capítulo do livro de Jó.

Que gigante espiritual era Jó!

Quanto anões somos nós, na grande maioria, comparados com ele!

Sua justiça não era apenas de palavra.

Os cristãos dizem que são justos, mas em sua grande maioria aprenderam apenas a dizer isto, sem atinar com o verdadeiro significado de um viver justo.

Muitos falam com a boca e saem a praticar toda sorte de coisas abomináveis, e não procuram guardar seus corações em verdadeira pureza. Então que justiça está sendo implantada neles pelo Espírito Santo?

Quando lemos o testemunho que Jó nos dá neste capítulo 31º, pasmamos de quão longe estamos deste grau de santificação que ele havia alcançado.

Logo no primeiro versículo ele afirma que havia feito um pacto com os seus olhos para não fixá-los numa virgem. E que o fizera pelo temor de Deus, para que não perdesse qualquer galardão da parte dEle (v. 2).

Ele caminhava sabendo que Deus é onisciente e onipresente e que tudo sabe e vê, e que avalia todos os nossos atos (v. 4).

Jó ponderava, portanto, todo o seu caminhar neste mundo, tudo passando sob o crivo dos olhos do Senhor, de modo que ao ser pesado por Deus em Sua balança, nunca fosse achado em falta.

Ele não somente se guardava da soberba dos olhos, como também de contaminar suas mãos com qualquer má ação.

O fizera sob a pena de anátema que outro comesse o que ele viesse a semear, caso se desviasse do seu propósito de viver na prática da justiça.

Ele também se impôs o anátema de que sua esposa o traísse com outro, caso deixasse o seu coração ser seduzido por outra mulher, ou caso armasse qualquer tipo de traição ao seu próximo.

Ele sabia que tinha um Senhor no céu, e por isso procurava ser um patrão justo na terra em relação a seus servos.

Sabia que tanto ele quanto seus servos eram iguais perante Deus.

Ele também se impôs o anátema de que caísse o seu ombro e que o seu braço fosse desconjuntado, caso fosse omisso em atender ao pobre, ao órfão, à viúva e qualquer outro tipo de necessitado, que dependesse da sua ajuda.

Jó declarou expressamente que a sua confiança e esperança não se encontravam no ouro (v. 24), e que não era a sua grande riqueza a razão do seu regozijo (v.25), e nem era um adorador de ídolos, citando por exemplo a adoração que muitos faziam do sol e da lua, porque com isso teria negado a Deus que se encontra no céu.

Ele não se alegrava na ruína dos seus inimigos, e não exultava quando o mal lhes sobrevinha, e nunca pediu com sua boca a morte de nenhum deles.

Ele hospedava em sua casa os estrangeiros e peregrinos.

Ele bem conhecia o pecado de Adão, que procurou se esconder de Deus, para que não descobrisse as suas transgressões, e por isso nunca havia fugido do seu dever de ser justo mesmo quando era pressionado pela multidão.

Jó estava tão em paz com a sua consciência quanto ao modo da sua vida justa, que caso os seus inimigos escrevessem contra ele acusações mentirosas, ele as tomaria sobre si sem qualquer rancor, e as carregaria consigo à presença de Deus, porque aquilo somente serviria para aumentar a sua honra, porque certamente daria ocasião para que o Senhor fizesse a sua defesa.

De onde este homem aprendera tudo isto, senão da sabedoria divina.

Muitos séculos antes de Paulo ter declarado que não devemos nos importar com os juízos enganosos que fazem contra nós, porque é o Senhor quem nos julga, Jó tivera conhecimento deste princípio de sabedoria, por causa da sua comunhão com Deus, e o temor verdadeiro que tinha dEle, desviando-se do mal.
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Atualizado em: Qui 4 Ago 2016

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