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O Velório
A moça chega ao velório passa por todos e vai direto ao caixão, aproximando-se, abaixa-se e sussurra no ouvido do morto:
— Ah, meu bem. Que pena que você se foi! Quem vai me chupar agora? Quem vai colocar as mãos ásperas sobre o meu quadril? Quem vai morder os meus seios? Quem vai puxar meus cabelos como se eu fosse a única vagabunda capaz de te satisfazer? Ah, meu amorzinho! Você se foi e não deixou ninguém no seu lugar, ninguém que possa me amar feito você, feito os teus olhos me comendo a alma.
Ouviu-se um falatório no meio do salão, Gerson, irmão do defunto gritou:
— Ele está se mexendo, ele está se mexendo! Ajudem!
Todas as pessoas, cerca de trinta, entre familiares e amigos que estavam no velório aproximaram-se do caixão desesperadamente. Notaram que o defunto ainda era um defunto, mas que seu pênis, inacreditavelmente, havia ficado ereto.
— Espasmo muscular! — disse um tentando banalizar a cena.
— Pinto não é músculo, é nervo. — contestou outro mais distante.
A mulher do defunto que havia notado a presença da moça falando com intimidade no ouvido do seu falecido marido logo acusou-a.
— Foi ela! Essa vagabunda fez isso! — disse a viúva com um olhar de magoa e raiva.
Apenas enxugando as lagrimas a moça não respondeu, voltou ao ouvido do morto e disse:
— Meu bem, lembras de mim ainda assim, mesmo despido da carne mostras que lembras de mim. Vá com Deus, meu danadinho, ainda nos deliciaremos muito em outras vidas. — depois de beijar a testa fria do morto a misteriosa moça se afastou e foi embora sem dizer mais nada.
Acerto de Contas
Depois que todos se afastaram, a viúva ainda incrédula com o que acontecera, foi com sua magoa tirar satisfação com o falecido.
— Você, hein? Claudio! Mesmo morto me fazendo de boba. Eu aqui chorando por você e vem outra sussurrar em seu ouvido? E esse pinto duro? Comigo quando estava vivo seu pinto estava morto, agora, com essa vagabunda, mesmo morto seu pinto continua vivo? Injusto, Claudio, muito injusto. — fez um pausa para se recuperar da emoção e depois continuou — O que foi Claudio? O que acontecia com você? Ou o que acontecia com a gente? Eram as crianças? Já sei! Era mamãe que morava conosco? Talvez, minhas calcinhas bege?
Conforme a viúva descrevia as possíveis razões pelas quais o relacionamento sexual com seu falecido marido havia fracassado ao longo dos anos de casamento, o pênis do defunto amolecia.
— Mas agora, Claudio, pelo menos agora, vou ter a chance de lembrar como era o tempo que você estava vivo para mim.
Disfarçadamente a viúva desceu a mão por dentro da calça do falecido e ao toca-lo sentiu o defunto mole e frio!
— Maldito! Maldito! Maldito! — a viúva gritava com a força da alma e esmurrava com toda a furia o cadaver gelado.
Atualizado em: Sex 3 Maio 2019