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O VIGÁRIO

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Aqui no agreste tem igreja de branco,

A de preto ainda vão construir,

Enquanto isso tem missa matutina,

E o terreiro acolhe o povão que surgir...

 

Ouço o vigário a murmurar,

Aquela ladainha,que todo dia as repetia, 

E eu pobre vivente, da janela descontente ouvia,

E nunca da memória hei de apagar!


Pense numa figura querida,

Me lembro muito bem,

Lá do terreiro se via todas as casas a visitar,

Agora se prepare meu patrão, para pôr água no feijão!

Oh bichinho pra comer,

Na casa que ele chegar,

Meu amigo pode crer!

Vai filar a bóia e as panela lavar!


Chega de mão abanando,

 A todos abençoando que pra o povo não perceber,

 Come que só uma draga, 

Parece até uma praga, num partido de feijão!


O dízimo ele veio cobrar, 

Enche o bornar e sai,

Depois de encher a timba,Nem oia pra trás!


E ai daquele que não se curvar,

A mão abençoar,

Quando essa figura bendita,

No caminho encontrar! 

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Atualizado em: Sex 28 Nov 2014

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