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Acaso - Cap. 4 - O estudante de direito

Quando Fernando chegou a faculdade procurava por Carol. A viu caminhando em direção a lanchonete e resolveu se aproximar quando um aluno da turma de direito começou a conversar com ela. Ficou atento a conversa. Conversa vai e conversa vem e o rapaz chegou ao ponto que queria:
_A gente podia sair esse final de semana para se conhecer melhor, podemos jantar no sábado a noite.
_O que? Diz Fernando surpreso e sentindo uma ponta de ciúmes de Carol.
_Vou pensar e depois te dou a resposta.
_Vou ficar esperando ansiosamente por ela. Diz ele dando um beijo na face. O ciúme de Fernando aumentou.
_Que cara atrevido. Ele estava confuso com o que sentia por Carol e por isso não foi falar com ela aquele dia, fugiu o tempo todo dela.
No sábado Fernando ficou inquieto o dia inteiro. Vigiava o apartamento de Carol para descobrir se ela ia sair com o estudantezinho  de direito. Foi assim que ele havia apelidado o pretendente dela.
Até a chegada da noite não a tinha visto e isso o deixava nervoso. Foi a varanda espiar se havia alguma luz aceso no apartamento dela. Parecia tudo apagado.
_Ela deve ter saído com aquele estudantezinho de direito. Diz desanimado. Debruçou-se sobre o guarda-corpo e se pôs a olhar o movimento da rua.
_Também em casa hoje? Não tinha nada para fazer? Carol chegava a varanda do apartamento dela. Ele sentiu a inquietação que o atormentava passar.
_Estou esta tudo monótono e a noite muito quente.
_Verdade. Mesmo com todas estas nuvens no céu a noite esta muito quente.
_Dormir mesmo só com o ventilador ligado.
_As vezes venho para cá tentar refrescar um pouco. Um dia desses foi até a praça, muito bom lá nesse horário.
_E se eu te fizer um convite.
_Faça, não garanto que vou aceitar. Diz ela sorrindo.
_Vamos dar uma volta na praça.
_Boa ideia. Pode ser.
_Então vamos.
Encontraram-se no corredor e foram para a praça.
_Somos dois doidos. Ao invés de deitar e dormir estamos andando pela praça do bairro às 10 horas da noite. Diz Carol.
_Somos sim, mas está tão gostoso aqui em relação ao meu quarto. Olha só o vento soprando suave e refrescante.
_Com certeza. Melhor que isso seria a brisa do mar.
De repente começou a chover. Correram para baixo de uma árvore.
_Apesar do céu nublado não imaginava que ia chover. Comenta Fernando.
_Bom, muito bom vai deixar a noite mais agradável para dormir. Diz ela que correu para a chuva como se fosse uma criança. Fernando tentava se esconder.
_Venha Fernando, esta uma delicia a chuva. Como ele relutava em ir Carol foi até ele e o puxou.
_Por que me puxou para a chuva? Agora vai me pagar. Fala brincando.
_Mas você não me pega. Diz ela que começa a correr. Brincaram na chuva como duas crianças até que Fernando conseguiu alcançá-la.
_O que a senhorita disse mesmo? Que não ia te pegar não foi.
_Olha você esta todo molhado.
_Não tente despistar não hem, que eu ganhei de você.
_Está bem, eu estava errada e você venceu. Carol sentiu o corpo estremecer junto ao de Fernando. _Vamos para casa? Propôs.
_Vamos já nos refrescamos bastante.
Seguiram em silêncio até o corredor que dava acessos aos apartamentos.
_Boa noite Carol. Foi bom estar com você esse tempo.
_Digo o mesmo. Boa noite. Ela dá em Fernando um beijo de despedida. Ele sentiu o rosto ardem em brasa e o coração palpitava de uma forma que nunca havia sentido. Entrou sentindo a mesma sensação e uma sensação de vitoria sobre o estudante de direito que não conseguiu sair com Carol.
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Atualizado em: Seg 16 Nov 2015

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