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O Espetaculo

Esclarecimentos,
premissas
ou
Lorde Deborath Del’volterrie.
     Entre os ilusionistas, embusteiros e a escória de ladrões o segredo para o sucesso esta na inovação das estratégias e no mistério das mesmas. Trazendo as mãos laçadas as inimizades no circulo de trabalho. Lorde a titulo agraciado por principado encantado pelo não compreendido. Senhor Deborath para o publico em geral. Magnífico Lorde Del’volterrie para a mídia farsante e invejosa.  Mágico de herança de família cigana, recheada de truques e picaretagens em formas de trapacear olhos atentos a desmascará-lo, retornavam as tabernas sem indicação da não veracidade dos eventos. Nome artístico e referencia do trabalho, personalidade marcante de época, sobrenome forte referente à grandeza dos feitos e desfeitos. Nobreza e fascínio aos incrédulos da arte. Ágil contra jogadores crescidos e viciosos no carteado. Tamanha doação à humanidade e merecedor há ultrapassar o tempo e lembrado como o “Corrupto Merlin”.
     Caminha em declínio e sua lona sem serem experimentados aplausos e invadido pela monotonia do esquecimento. Outros Mestres e grandiosos espetáculos. Infelizmente o narcisismo de ter o tornado o melhor deixou passar despercebida à existência do jovem iniciante de ideias para picadeiros cedentes pelo inédito.
     Vantuir Fanir de idade para ser seu filho, milagroso e expressivo ao fazer desaparecer salões diante de olhares cativos. O Oposto do Lorde que não disfarçava qualquer forma de encanto, preferindo a arrogância de tenra idade de bajulações.
     O obvio veio à tona com o prestigio as explosões de luzes e ilusões faraônicas apagaram o brilho das palestras ultrapassadas e acabou as tornando para o publico o que a mídia descrevia de forma repugnante: “As repetitivas apresentações da cada passo, perdoem-me os Mestres, soam como aulas patéticas de exatas”.
     Aproximava o fim e o egocêntrico Del’volterrie não enxergava o apagar das luzes.
 Arrastado ao nada
     Perplexo maquinava  inovações, vicioso, possuía monótono estilo a desagrado dos novos tempos. Solitário de companhia sincera, rodeado de bajuladores e usurpadores de imagem, verdadeiros vampiros de sua presença. Há alguém de grande estima carnal e humano, Juliette Deborath, linda criança retirada dos laços maternais, transformada concubina, estupro permitido, legalmente aceitável, guia espiritual e sexual, e como esposa herdou defeitos e desordem de caráter. Sobre a fidelidade não pretendia enxergar, animal de estimação que preocupamos quando estamos angustiados. O “Ele” necessitava usurpar a juventude e Ela a gozar da posição. Cruéis, corrompidos pelo bem estar da carne plena e digna felicidade. Um por obrigação e comodismo arrastada a sobrevivência e o outro por promiscuidade.
     Procurando o que não havia de encontrar acabou aproximando-se do rival emocionado e ébrio pelo trabalho sem tempo e nem olhares para Del’volterrie, talvez olhar tímido as lacunas de periódicos, por curiosidade e pouca malicia que no intimo a veneração. O inescrupuloso a copiá-lo, a comprar dos ajudantes os segredos e a concebê-los como legítimos, a inveja o tornara obcecado e acordava o demônio antes despreocupado da presença mundana. Criaturas multifaces ligadas ao Lorde a traçar o caminho e de Fanir consagrado inimigo.
     O novato digno nas ações tornou a batalha jurídica, perdendo vários combates graças histórico de corrupções e influencia.
     Grandes batalhas e maiores as derrotas, contudo havia falhas, a ira tornava o oponente criativo e o competidor no levante dirigiu-se ao outro lado do mundo, diferente e imoral em contratar verdadeiros abutres caçadores de inovações e trapaças, adquirido para a ascensão, apresentava como criador das parodias, o que não comprava roubava e tornava como próprio, assassinando de vez  o restante do original tornando-se copia e parte de nada.
     A balança das vitorias e derrotas, consideraria vencedor ate o momento crucial da perca de  Juliette, a dominante arrogância a afastava e a cegueira nebulosa dos acontecimentos não o deixou a percepção. Partia a louça nobre, enxergando  futura falência o trocou pelo rival que por covardia passou a possuir o que fora do  Lorde.
     Acerca-se dos amantes, apesar de conflitantes eram próximos e da infidelidade de Juliette incertezas, mesmo circulo de pseúdos amigos usurpando cada lado. Através dos abutres o conheceu, consagrando a maior das medíocres verdades “o amor à primeira vista de interesses”.
     O próprio destino tem laços com a altivez e o desprezível, por este tempo de desolação e redenção, morrer ou viver, o caçador surgiu com o que poderia erguê-lo novamente, o extraordinário e assustador, promessa de retorno e agarrou as asas dessa investida ressurgindo na companhia de Carsus.
     Partir a longa distancia a terras desconhecidas, ausentando por longo período, tempo proveitosas para diluir a angustia e não o ódio, autópsia de sentimentos e rasgava a alma alimentando o irracional, seguiu viagem para o continente antigo, passando por tabernas de vodus que corrompem a mente e lógica.
...
     Importância: na conjunção de interesses entre Vantuir e Julliete os caçadores de novidades foram corrompidos a entregarem as descobertas invés de levadas ao Lorde, somente Carsus não teria se vendido.
O Espetáculo
Parte I
     Do retorno da longa jornada a terra dos homens de cor, envenenado pelo ego e adultério transformados em imprescindível necessidade de vingança, o combustível para retornar e escarrar nas faces incrédulas. Manteve-se isolado a maquinar em companhia do leal Carsus e provido guru trago como tutor descendente do país distante, homem baixo e rude de traços, certa idade e sobriedade nas palavras nativas que preferia pronunciar aos ouvidos de Lorde Del’volterrie.
      Longas reuniões com investidores a preparar a supremacia na técnica antiga de ser Deus, absorver e corromper os espíritos, ressuscitar falsos mortos, onipotente, desafiar a natureza, ignorar as crenças, superar o criador.
 O Espetáculo
 Parte II
 Lorde, o delator e o publico.
Deborath assume as rédeas dos relatos
 
 
     Regressado e ambicioso, demorou no necessário a anunciar o novo espetáculo, andou esquecido do publico, o julgaram derrotado e desistente. Juliette tinha uma criança do próprio ventre.  Fanir agregava riqueza.
     Inimaginável e surpreendente retorno aos espectadores súditos da obra dobraria mundos, apavoraria despertando interesse, testemunhas vivas apenas Carsus e o tutor de longínqua terra.
     E o grande dia chegou. Theatro alugado a alto custo, profissionais competentes e músicos de qualidades excepcionais a prover no local maravilhoso baile antes da apresentação principal.
     - Senhores, ”súditos”! - Reflexão – Recolhida ao abismo para renascer de profundas fendas a magia, trazendo das entranhas o inacreditável – O público no geral desejoso a ver qual traquina exposta, o absurdo traria pra enganar, julgamento antes do inicio da exposição dos fatos.
     Palco obscuro, olhares dispersos, inicia-se o discurso, piadas idiotas pra sorrir os descrentes – Candidato a ajudar-me, audacioso e escrupuloso, ver a morte e sentir a razão da vida. Necessito que seja verdadeiramente imponente e corajoso – O hipócrita escritor de coluna de folhetim local se predispôs, afirmando que desvendaria algo; o ”Eu” confiante na melhor escolha.
     - Aproxime intelectual! – Sobe luz intensa Claúdios o escritor posicionado junto a Del’volterrie – Qual o seu maior temor? - tom de deboche e risadas dos presentes.
     - Não temo   – ficariam aterrorizados antes do final - sorriso a incentivar o acontecimento - fim das gargalhadas, único golpe perfurador pelas costas com enorme adaga e depois de retirada e limpa no punho do paletó, desespero e a movimentação de fuga e anunciaram os policiais a invadir - conturbação provocada pelo ato insano, cobriu o cadáver enquanto “recitava” o pedido aos espíritos. Alguns permaneceram no recinto curioso com o desfecho lógico e a prisão, o cadáver coberto reanimando a solavancos, horror e o momento quase eterno do corpo estirado a mover, fugitivos da primeira oportunidade pavorosos ao retorno dos que haviam saído, descoberto o manto, erguido o ensanguentado. 
     Termino o ato todos foram levados à delegacia para relatar o ocorrido.
O inesperado
     Nada comprovado e esclarecido, a prova contra suposto crime um paletó de linhas finas perfuradas, sangue e testemunhas atordoadas e controvérsias. Finalizada a entrevista na delegacia.
     -  Senhor Deborath! – Claúdios.
     -  Senhor – Queixume do miserável - O que ocorreu na noite anterior? Intriga-me que estive ausente por minutos, sei que não revelara a artimanha e quero ser o primeiro a entrevista-lo.
     Vitima: resumo...
     Incrédulo corrupto, não o sabe que foi escolhido a dedo. Predileto abutre de patifarias? Em quem acreditariam? Nas minhas palavras ou opositores?
     - Preciso de divulgação. Exclusiva antes do fechar da coluna. Cuide-se, afinal esteve morto. - finalizando e afastando com apertos de mãos frias e franca e cruel ironia.
O retorno
     O espetáculo seguinte seguiu a formula do primeiro com a orquestra festiva agregando valor. Organização a conseguir as novas metas, sendo o foco os adversários que viriam como suínos ao abate, por mera vontade de descobrir a brecha inexistente.
    O publico retornava para confirmar o presenciado anteriormente e reunindo ouvintes de bocas alheias e criativas. Distanciava da vulgaridade de outros eventos do antigo Lorde, iniciava a coquetel farto, musica de excelentes profissionais e maravilhosas entoadas e as vagas do abatedouro teatral esgotavam. Os Músicos aqueciam o ambiente e a trama a serem instruídos a dizerem segredos que não sabiam; passavam informações a deixar fluir, embriagados afirmavam estupidezes inacreditáveis a atrair o algoz. Excelentes seres humanos. 
     Entoado o ultimo acorde, acendia a presença dominadora aos olhos descrentes. Palestras sobre vida e morte, filosofia e o irracional em nós. Vagava a olhares atrás do terror explicito. Claúdios suando como porco disperso a escrever. Purificada a visão e o convite ao amigo e usurpador de fortuna que vendia segredos e enriquecera a sombra vampira do criador...
     - Apreciadíssimo Senhor Smith.
      - Estimado Johnson, saudades do tempo que trabalhávamos juntos. – cinismo entre ambos, atuando com vigor quanto acenou entreolhando as exclamações dos restantes e a aumentar o ego focou a luz destacando-o dos demais. - Participaria caríssimo amigo?- antes que formasse justificativa - É ilusionista magnifico e acredito que adoraria descobrir qual ardil da inovadora obra. –Acalorado e gentilmente arrastado.
     Servida taça de vinho e despejar ações enganadoras a descontrair e despreparar ao que viria. Conversa em alto tom, elogios e gracejos e o guru com auxílio de assistentes entrava a empurrar enorme e qualquer coisa coberta por pano branco a imensa torre de quatro grandiosos metros. Convidado a aproximar e descobrindo o objeto que se revelou uma forca – olhar de espanto - Johnson induzido a subir no cadafalso. Algum receio? A prova viva que nada ira lhe acontecer - Olhar direto ao publico, ou melhor... – Por aqui por gentileza! - entusiasmado a papeis e disperso apresentou-se Claúdios acompanhado pelos servos do Lorde.
     - Terá bastante a escrever – tremula e bagunçado subiu as escadas. - como andas?
     - Incomodas dores onde supostamente fui apunhalado.
      - Adiantado o que será publicado? – observando o amontoado de papeis amassados.
      - Sim! Não! - gaguejou desconexo - escreverei posteriormente - terminado a frase afagou as folhas.
      Desinteressado e externo aos pensamentos.
     - Vamos? – a cilada. -  Hoje terei o prazer de enforcar um camarada – gargalhadas intensas.
     Sem demoras e firmeza na ação evitando o fiasco em não conseguir ressuscitar a víbora entre rapinas.
     E o corpo desceu idêntico a saco de areia levado pelo peso do burgo gordo, ouvir-se o estalar do pescoço na ultima fileira, o mergulho no silencio e o suspiro de Senhora Smith. Deste episodio ninguém saiu corrido, apenas o delegado e seus homens aproximando a inibir a fuga do assassino.
     E as frases não inteligíveis foram recitadas e reencarnou o suspiro do cativo ouvido por todos e retirando da corda antes que se enforcasse novamente.
     Entre aplausos à noite terminou.
Avise-me quando abrir os olhos
     As publicações traziam estampados o alvoroço da primeira e o esplendor maléfico da segunda. Incrível o sucesso e desconfianças, apenas Claúdios não publicou única linha, nenhum suspiro, ausente à redação do folhetim.
     Encontrado desolado nas escadarias no inicio da manha pelo zelador do estabelecimento, imóvel lagrimava conflitos. Aparente distúrbio mental e conduzido a manicômio.
     Seguida o internamento sem contato com o mundo externo passando o tempo em reclamações sem sentido e rabiscos de bonecos escondidos entre brinquedos de parques, meros traços infantis. Rabiscava entre folhas amassadas como as que o acompanhavam no theatro, negava a aproximação dos escritos e os devoravam caso necessário, enquanto os rabiscos deixados expostos. Certo de inspiração dominadora transparecia o artista desenhando imagens complexas nas paredes do manicômio, verdadeiras obras de arte de caráter infundado.
     Passagens foram lidas e na defesa dos íntimos lutava a sangrar os saqueadores, complexos pensamentos ambiciosos e mesquinhos. Demências dominavam entrelaçados ha frases confusas de confissões de atrocidades na Mansão de herança de família localizada nas montanhas.
      Deduzido tratar desabafos da mente cansada, relatando que molestado quando criança ou molestador, nenhum registro de acontecimentos parecidos fora registrado nos arredores da província.
     Com o sofrimento dos dias não se demorou o cessar e por descuido dos carcereiros, conseguindo moldar dos pés de velha cadeira estaca a qual introduziu no coração perturbado.
      - Hipócrita, que os atormentadores não tenham pena de sua alma – Palavras do Lorde ao receber a noticia.
Silogismo
     Imprevistos são criados pra que o decorrer dos fatos obtenha sentido, os inimigos definhavam e Del’volterrie prosseguia: Claúdios, Johnson e quatro distintos reveses, dois comerciantes com vasta fama de usurpadores, o político e a solteirona. Os comerciantes ressuscitados balearam-se; desavença a jogo de cartas a valer migalhas. O político embriagado a acido encontrado cozido, a dama de hábitos vagando desnorteada tentando cortar os pulsos entre lagrimas por faltar coragem.
     Necessárias mudanças nas articulações do obvio. Baseado no livre arbítrio e a partir deste a plateia dominaria as escolhas, infiéis subjugavam-se, empregados submissos a patrões e patrões a empregados e expectativa de falha e findassem naquele cenário insano.
     Dissabores demasiados chegando a matar após as apresentações, mortes ingênuas; a mulher que espatifou a cabeça do companheiro com golpes de jarra de metal, burgueses feudais a grande dose de veneno para roedor misturando uísque de excelente qualidade. Dos sardentos negociantes de escravos que a gula da ganância resolvida a chumbo, outro estúpido político atirou-se da torre mor da basílica desesperado e frases de negação a dor. Não menos importante a solitária prostituta degolada com própria navalha de muitas lutas no quarto pútrido e solitário.
...
 
      Intimado a comparecer a delegacia a dar explicações.
       - Pessoas resolvendo os teus desafetos, viram o desamor em seus companheiros e resolveram tirar a prova em meu palco.
       - Mesmo assim Senhor Deborath, a partir desta data o esta proibido de usar cidadãos em teus espetáculos – disse firmemente a autoridade – use animais, seus músicos e mesmo se suicide se quiser, mas os cidadãos estarão proibidos.
     - Esta extrapolando na sua autoridade.
     - Desafetos! – tom de autoridade – dessabores se executam? Bela afirmação Lorde Del’volterrie. Esta a molestar a todos – firme autoridade.
     “Maldito arcanjo usurpador. Terá as asas podadas por minhas hastes.”
 
A Aliança
Deborath, Carsus e o tutor.
 
     Inquestionável que as ordens de Catanir forçadamente seguidas, oficiais monitorando os passos do Lorde que acatou remoído. Precisavam conhecer os por menores da intimidade através da arte. Como Johnson...
     O ex-assitente depois de ressuscitado tornara promiscuo assumido, vadio malfadado a ambientes servido a entorpecentes, pederastia e jogatina. Dormindo nos guetos de promiscuidade, estado de mendicância afastado dos bens pelos parentes, por fim encontrado com punhal cravado ao pescoço estirado em valeta de chuva. Afirmado as autoridades que na noite do crime gritava a esfolar-se. Casos entre vadios não são resolvidos e enterrou-se o cadáver.
     Esfriara na ausência de carnificina perdendo espaço para Vantuir Fanir e sua Maravilhosa assistente, entre lonas montadas nos espaços vagos, animais exuberantes desfilavam soltos, anões maquiados arrancando sorriso fácil de crianças. O inimigo voltara grandioso, à cruz ao corcovado e o “Eu” no declínio. À custa do estúpido e suas privações.
     Se há ratos a devorar o estoque de inverno, os matamos cruelmente expondo a carcaça à vista a intimidarem novo saque, teoria que funciona com êxito a primatas. Havia a dar fim a certa ratazana.
Aliança
Assassinato fora das cortinas 
     Cortinas seladas e fuga a outras localidades, aqui não prosseguiria a ascensão.
      - Quem é Catanir?! Esnobe no direito de ditar regras para manter falsa imagem de ordem. No Burgo a violência oculta e nos subúrbios dissipavam doenças pedófilas, miséria e contratavam assassinos – numero de crimes que diminuiu quando podia exercer a arte.
     Não frequentava a periferia, provinda repercussão negativa enviava os subordinados a resolver e abafar o acontecido para que o odor da podridão não chegasse à classe de seus donos.
     Criatura de fictício religioso, soberbo a templos entre santos e crenças que no obscuro assediava pequenas inocentes de fora do burgo trocadas pelos parentes a favores da justiça concebidos. Verdadeiro conselheiro submisso a juízes e corruptos que o delegavam poderes de ação, desta forma agir em causa própria. O motivo de interditar a obra por aproximar de teus donos, enquanto enforcava e esfolava desafetos comuns coisa alguma o perturbava verdadeiramente.
     Esclarecer o que é comum aos abastados assediar filhas de subordinados como forma de demonstração de domínio, dominar famílias inteiras era sinal de importância.
     Não era momento de arrependimentos e tinha que assassinar um rato. Ratazana de importância que exibida enfraqueceria toda corja. Como aproximar-se de alguém singular.
     Catanir usava de influencia para satisfazer certos favores juvenis. Carsus frequentava o submundo, caminho pra onde os dissabores o enviara.
     Nos becos foi levantado à menina de seus olhos. Belo garoto de nove anos, olhos acastanhados e longos cabelos aloirados, verdadeira pétala entre daninhas, na flagela nascia flores formosas, exemplar que a burguesia possuía de raríssimo levado à insistência a misturar a carne com o povo. 
     Renato nasceu para servir. Pai famoso as carceragens e alvo fácil para satisfação de fetiches e trocou o filho pela falsa liberdade e as pretensões futuras do Lorde.
     A simplicidade conduz o projeto, funcionara melhor que ideias mirabolantes, como na mágica: deixe quebrar a cabeça quem quer descobrir o segredo e quanto mais procurar não enxergara a resolução próxima aos olhos.
     Subornar e iludi-lo a liberdade das garras do nefasto; fingir conselheiro e caridoso em relação a dinheiro. Convencidos a não concordar com a desordem que os flagelavam; induzir a tornar o ódio vingador dos lamentos contra o opositor.
     Obcecado e aguardando a oportunidade de agregá-lo a satisfação da carne.
     Os homens de cor ministram variedade de venenos não reconhecidos pelo principio de intoxicação, matando vagarosamente, o intoxicado definharia ate a morte. Há esse tempo homens cavalgavam como vento para as terras longínquas a trazer a formula da salvação.
     Sem demoras ao plano que incluía o pai que fora espancado após violência contra o filho a satisfazer os desejos do Lorde e partiu levando frutas, peras e pêssegos. As peras continham veneno, informação passada. Ambos morreram há exatos três dias.
 
Aliança
Na penumbra  acenda velas, pois o mal há de temer a luz!
 
     Na ausência de autoridade, bela coroa flores e financiamento de arruaceiros devido à briga que levara a morte nas ruas obscuras.
    O momento de mudanças.
     Partiram em viagem as dunas dos Iseros em busca de esclarecimentos junto ao maioral.
     Conhecedor de que pessoas chegaram a cometer suicídio, como o caso do Jornalista, a assombrosa morte de Johnson e esposas agredindo maridos e entre anormalidades de um grupo em particular que não sofriam nenhuma alteração, o dentista que prosseguiu após afogado pela mulher, o Tenente baleado no palco pelo subordinado – vingança a aparte - a majestosa infiel voltou à situação de encantadora beata a prazeres da Classe Clerical.
      - Criaturas impossibilitadas de fulgor e a na maioria somos planetas e não estrelas, na condição de planetas há facilidade de sermos habitáveis por espíritos e guiados por tentações. Mesquinhos demônios pregadores de ciladas. Ressuscitado os desgostos, enfraquece o espirito concebendo poder a quem adora maltratar. Contrapartida há seletos possuidores de farol particular a guiar dos corais e rochedos, dificilmente tratados como marionetes, apesar de perceberem o tormento de vinculo externo e visões para fraquejar...
        ...Honre os feitos e trabalhe unicamente contra os rivais e no caminho escolhido procure aproveitar a estadia, da eternidade o temor é que o terás e penaras. Ministre os empecilhos, venere unicamente esta existência, a futura não te interessa. Segue esta guia em prosa e separe por sua vez os justos das trevas
     Aconselhado pelo maioral partiu.
    O retorno e organização de forças, abandonado por Deus e dando atenção às trevas, não será coadjuvante.  
Nova era
 
 
     Entender o motivo em não atacar diretamente contra Juliette e Fanir?! A resposta é precavida, não por temor trago por feixes de razão e conduta regenerada, precisava limpar o caminho, a melhor parte do plano é o final, a fuga prisioneira sem vestígios, o assassinato sem deslizes de provas. 
     Vantuir Fanir trabalhando peripécias e sombras dos pesadelos a carne viva avista no horizonte. 
     Antiguidades e promovendo alvoroço, artistas maquiados e animais interessantes da terra além-mar, como parte do theatro acomodável circo e novas apresentações, mantendo no interior os músicos e a aguardada carnificina. O clímax focava os enforcamentos, punhaladas e decapitação sem sucesso custando sanidade do instrumentista a propor algo impetuoso – necessário aprimoramento - tronco de Abeto, machado, sacos a engolir cabeças e o corpulento carrasco mongol. Entre serpentes diversas, não obtendo glamour.
     Passando a limpo os acontecimentos a que passivos tornavam-se assassinos e suicidas com abastado grau de crueldade, famílias inteiras dizimadas pelos próprios entes. Tal propaganda afastava os tementes, o encanto dissipava e mortes cruéis não traziam interesse, o pós-palco apavorava. O tutor aperfeiçoou no que diz respeito afastar os espíritos, chagando a ter controle da situação, às trevas encontrara o raiar. 
...
     Vagou deixando-se reconhecer. A mascara amigável apagada pela nevoa sombria do “Eu”. O evitavam e murmuravam tolices, venda de almas e vampirismo.
    O animo dos incrédulos variava por desafortunados e afortunados de luz – o aperfeiçoamento necessário - resultando tranquilidade posterior, levam medíocres vidas sem sentido, afastando assim observações indesejadas.
     A ausência de Santana e por via acabaram as perseguições. Os diários expurgavam vermes controlados, estando por cima das carcaças noticias ruim influenciam lucros, a difamação trazia pessoas de longe e manteve por mais tempo... 
     Observava Juliette nos eventos diversos da agora cogitada localidade,  conhecia os teus gostos e precisava atualizar as técnicas o copioso, adaptando e possuindo.
     Envio de flores e convites.
     Óbvio aos olhos dos Fanir prevendo a desvantagem e rejeitando comparecer. Ela Maravilhosa. Os anos e a atual maternidade a moldaram e embriagava felicidade, estado de espírito que não saboreou nos anos de convivência - o maltrapilho a construir o Império. 
     Nenhuma criação perdura, sentia no bolso, casa vazia, e a influencia nas paginas dos periódicos e a corrupção de autoridades. Lorde Del’volterrie  não comprava favores, fascinava pelo medo, facilitando a dominação.
Ao pagar das luzes
 
     Sábado.
     Na multidão Fanir e sua formosa esposa.
    Preparativos de ultima hora a encorajá-los, abraços acolhedores a persuadi-los, engrandecer a presença de ilustres convidados antes que se blindassem.
     - Amados, temos convidados interessantes conosco, aplausos ao Senhor e Senhora Vantuir – indiferente às ousadias e luzes focadas nos assentos levantaram-se – Tenho fé que esse momento a muito desejosos presenciar. Para engrandecer e certo do querem todos farei o inusitado a investir a própria cabeça a frente do algoz – tom de sacarmos e gargalhadas ilustrava o fato acariciando a lamina da espada de parte do cenário, apetrechos a aperitivos como tochas, lanças, a donzela de ferro e tantas se tratando de tortura prosseguiu a rotina de terror.
     –  Para agrado de devedores e desespero dos credores, Senhor Deborath, vitima de sua obra – descaso - e que não haja duvidas sobre a veracidade, convido Senhor Vantuir a carrasco – alvoroço e falta de ação ao ser envolto e encaminhado pelos assistentes.
...
     Não há segredo que o ocorrido daquela noite havia sido minimamente maquinado junto aos anfitriões e que a angustia e a surpresa dos acontecimentos era incontestavelmente fortalecedora, o inesperado era sentir o odor de prazer, cheiro de fêmea no cio ou o lobo espreitando a presa. Tal essência vinda de Fanir.
...
                                
     - Assumo imprevistos de responsabilidade deste teimoso, temos hoje a presença da autoridade policial para confirmar tal ato. – focando e focado por olhos apreensivos - Sem pormenores a ansiedade de todos. O Sensitivo não usará o manto da morte como de costume – deboche – emocionem, supliquem e convenção a desistir - sorrisos imersos com sabor de vingança.
      Descrente do ato a engolir o receio misturando odor provido do lobo o convidado se pronunciou.
     – Agrado e como conhecedor de técnicas de iludir olhos pouco treinados, acredito que nesta noite descubro o segredo – o maldito tentou sobressair à carniça – seguirá a imaginação dos presentes.
      No habitual; colocada à forca na ausência de capuz e atadas às mãos ao peso a queda mortal, instruído como proceder e único golpe o estalar dos ossos desta vez houve suspiros ao invés de gritos na multidão.
      O “Ele”  – demência – irreal e antes que os suspiros terminassem e o verdugo da magia dissipasse, o guru desceu a recolher o corpo amparado por assistentes a remover o cadáver. Frases inteligíveis recitadas e o “Eu” cambaleante no auxilio a ficar de pé, ressuscitado como Lazaro embelezado por cachecol dourado e detalhes rubros, forma de esconder a enorme marca que surgiu de tal empreitada.
      Explicações incompreensíveis à plateia e o ressuscitado. Incontáveis foram vitima deste ato, o charme contido nos atores da cena. Incrédulo procurando à lógica evadiu sem palavras e Juliette não demostrava consternação.
     Repercussão - Os magníficos mostram a que vieram – publicaram - Flores (ótima ideia ter ministrado Senhor Vantuir) e palcos seguintes lotavam os assentos e corredores.
 
     A exposição à morte e continuando a trabalhar com a sorte dos outros.
 
Jogo sem cartas
 
     Atordoado queimava em descobrir erros e o ponto chave, palestras com assessores procurava alucinado a desvendar a farsa. Perseguindo conchave, subornando e não encontrando respostas satisfatórias para compreensão do  acontecido, chegando a contatar o triunfante.
        Aos cuidados de...
      Lorde  Del’volterrie.
 
      Convido-lhe a minha residência nesta segunda, para tratarmos de assuntos de interesse mutuo. Senhor e Senhora Vantuir jantam às 20 horas, com interesse de degustar cálice de bebida para esquentar o animo do corpo e cachimbo para a alma, lhe convido a comparecer às 19 horas.
 
      Sem demais o solicito.
 
Segunda
Dia de todos os Santos e veneração dos mortos
     - Indignado!?  Reconheço quando o adversário – Ira... - bases de muros fortificadas – indagou  sentado à frente da arrogante mesa a servir café de aroma aprazível saído das fezes de Luwak.  - No inicio – continuou – achei o espetáculo inteligente e toque teatral, cheguei a reproduzir feitos para aguçar colaboradores. Com tato e malicia realizo. – novo trago – Mas o aperfeiçoamento intrigou-me.
     - Excitei curiosidade ao fabuloso Fanir? – tom de ironia valorizando o artista e reverso da obra.
     - Depois de participar da estranha encenação – degustação – e por sincero a chamá-lo de gênio, insucesso em decifra-las - pausa – chega o ponto de não conseguir disputar espaço nesse lado do continente - tose programada - e para alegrá-lo, minha trupe deve partir pra o norte, deixando o aqui com o adoecido publico.
     - Interessante à proposta. Considerarei como proposta dividir o continente.
     - Negócios por melhor dizer – a saliva de misero jogador de carteado pairava nos lábios.
     - Estou velho e ao contrario de outros homens, a idade deixa-me audacioso e posso chegar a qualquer fronteira.
     Esplêndido sorriso! – Quietação na ganância não me encontra na situação de acabado, desconheço o engenho hoje e nada impede de sabê-lo amanha. A idade lhe alcança e a mortalha aproxima rapidamente. Esta difícil conseguir espetáculos que prendam o publico e por sincero depois que descobrir a artimanha, não sobrara tempo para criações admiráveis.
     - Aprecio homens que sabem jogar com as poucas peças que lhe sobram – idiota ambicioso – num suspiro intimo – devo pensar sobre a proposta, não descansara enquanto desvendar o ponto chave – risadas - havendo vantagem nesse acordo. Lançar-se-ia na aventura na posição de vitima ao árabe algoz? – sorvendo a acidez intensa do café Luwak servido em porcelana chinesa.
      - Sim! – exaltando o aroma agradável – indaguei a propor intrigante proposta.
     - O que alavancaria a carreira de ambos, refletindo propaganda no norte e florindo duradouro publico ate descobrir os segredos.
     - O que sugere?
      - Apresentação em praça publica. Idêntico a que há séculos ocorria nessa maldita província a atarem fogo nos hereges.
     - Lorde – sarcástico sorriso –Aposentando unisse-se a trupe, a mente mesquinha e maquiavélica é maior trunfo aos concorrentes, homem que duela com varias armas. A ganância maliciosa das ações dos obstinados. - Faremos.
 
 
Capitulo perdido
     Desvairar sobre o amor e suas incógnitas...
     O que há de bom no fazer sofrer? Punitivo e investir contra a vida? Doença que submete a odiar.
     Como sentimento tido como simplório e glorioso pode destruir ao ponto atirar-se contra o que ama e contra a si na esperança egoísta que ninguém mais o tenha? Sentimento injusto devastador de corpos por mera luxuria do querer sem ser pretendido! O amor não passa de capitulo do mal, designado pelo Criador a nos moldar a tua imagem.
Senhoras e Senhores
 
     Sexta.
     Noticia de pagina a reunião das partes - propaganda massiva do evento – expectadores vindos de províncias distantes se juntando a donos de theatros a cobiçarem as apresentações para lotarem suas arenas, prefeitos a colocar pequenos vilarejos no mapa a custa dos magníficos.
     Estando preparado e músicos em paletós pretos entoando musica alegre estilo festival, vendedores e trapaceiros embrenhados na multidão a buscar lucro fácil.
     Aguardada a chegada dos artistas dessa apresentação de sangue e covil de  humor negro. A busca por adoração da massa escrava das mentiras. As três figuras principais: a primeira superior na obra, desejoso de grandeza; a segunda tentando desvendar o sem fundamento, o impossível, arriscando o que conseguira – copioso do primeiro – ganância e descobrir forma de levar o oponente ao infortúnio. A terceira figura, a atriz, pouco importante do ponto de vista da apresentação, grande valor no desenvolver da conspiração, o inicio ou pretexto, “Ela”, o objeto para o capitulo final, acima do domínio e dinheiro, parte coadjuvante e mero troféu de possuída por Fanir, o poder de ter o que o inimigo venera. O terceiro assistia despreocupado com quem vença, e verdade que a vitória sempre é tua. O ditador da trama que invade mentes ambiciosas a guia-las a precipícios, o “Eu” sendo a própria Deusa disfarçada a agir sem levantar suspeitas.
     Del’volterrie o primeiro a comparecer postando vigias a volta para precaver-se da  dianteira. Majestoso, cumprimentando sem distinção de classes. Antecipadamente palestrou e respondeu perguntas e questionado de futura aposentadoria – alimentados por comentários - entre sorrisos manteve-se agradável; o que não pertencia a seu caráter.
     Breve chegaram os convidados - Ele receoso e Ela bela – junto Delegado Santana a completar a equipe do Lorde.
     – Saiba que é responsável pelos feitos – indagou a ar de desculpas, precisava esclarecer as normas da lei – é conhecedor que deslizes será preso por assassinato. – Esclareceu o cão ao dono.
     - Bem! – continuou o corruptível – não derretem amores havendo falhas se complica.
     - Agradecido pela preocupação e tomadas precauções – agradável tom de voz - noite especial e particular – Aproximação dos Fanir.
     - Estou pronto!
     - Esta cada dia mais bela - beija a mão da ex-esposa – percebo que esse velho não lhe era atencioso. O publico impaciente, começam a dispensar a propaganda de que tudo passou de traquina.
     Juliette acomodada na primeira fila, à esquerda o delegado acompanhado pela infantil esposa de quatorze anos, luxo para um homem gordo e mal educado. A direita de ambos a lamúria. Atores apresentados, nas proximidades os agentes de policia e junta de médicos tragos cuidadosamente por Fanir. Protagonistas  em conversas banais a quebrar a tensão.
     Moldando o laço da forca à base, enquanto atava divertia-se. A aflição visível e notada de Fanir que poderia desistir e o pressentindo o fez acelerar os trabalhos.
O Ato
 
 
     - Esta noite daremos o melhor, além de enforcar ilustre rival – o colocar da corda – descer do corpo com próprio peso e ouvirem estalos de ossos, para não terem a menor duvida da veracidade do que presenciarem – reagiu espreitando a entender a tramoia e a procurar algo a impedir o estrangulamento - digo que somente hoje vou separar a cabeça do corpo com esta espada – descrente ao termo “decapitar” saindo do estado de atalaia e visivelmente desesperada - fria lamina e o puxar da alavanca a queda, falta do capuz a proteger os olhos dos olhos do publico que observou a separação da cabeça e o ato de segura-la como troféu erguido aos presentes.
      As autoridades acompanhadas pelos médicos e por não menos atordoados alguns ilustres que frequentavam as primeiras filas agindo para colocar as coisas em ordem. Lorde Del’volterrie calmamente apoiou ao corpo a cabeça de olhos entreabertos em tom sombrio de angustia com ajuda dos assistentes o manto da morte.
       Publico duvidoso do ocorrido, espantado, o delegado submisso às ações, faltava coragem a atitude que tomar. Corpo apoiado no assento auxiliado pela equipe.
       Moveu-se. – pavor e sangue – expressou grito agudo apavorante – reviravolta - incrivelmente retornava os sinais vitais entre aplausos descontrolados dos que presenciaram o ocorrido – autoridades consternadas entre médicos desconexos e a frieza de Juliette o menos perceptível.
O  inicio  do fim
 
      Dias de grande alvoroço, a imprensa alucinada atrás de entrevistar os protagonistas. 
      Lorde Del’volterrie se autopromovendo, Fanir isolado por não conseguir escapar dentre pesadelos e tormentos da ressurreição. Incubado recorda dos aplausos e de ter sido recolhido ao hospital a confirmar que realmente estava vivo, anormal apenas a cicatriz emplastada onde supostamente  teria sido decapitado. O pânico e o silencio à aproximação dos médicos, a face fria e os aplausos. Unicamente os aplausos traziam na alma perdido sem fundamentos a finalizar.
      Definhou o grandioso. Visivelmente não o mesmo obstinado. Agravante o estrondoso sucesso do opoente. Del’volterrie viajando para o norte a promover motivadas apresentações. Desta vez sem Fanir vagando entre duvidas e incertezas.
     Coube a  Julliete assumir os negócios, longe  das garras ambiciosas do Lorde que apoderou do papel de “Viajante devastador” a devorar novas plateias.
     Ela dirigia a mérito, assumindo palcos e comandando como aprendera a acrescentar toque pessoal, investindo no fator família, evitando o publico de  doentes pelo gosto da morte e ilusões que arriscam a sanidade. O retorno da simples magia, trapezistas, animais exóticos e pequenos anões a arrancarem sorrisos de adultos e criança, agregando músicos. Iluminava enquanto o marido embriagado na loucura.
     O “Eu” deliciava-se com o obtido, envolto por riqueza e luxuria.
...
     Chegado à madrugada fria de meados de inverno e o fim das angustias de Fanir, abominado pelos teus e afogado em ilusões, a coleara a leva-lo as grutas do inferno em gruídos de perdão.
O demônio me prometeu a você e jurei te fazer sofrer
 
     Ciente do trágico acontecimento “O Ilusionista Deborath Del’volterrie” retornava se predispondo a auxiliar a viúva.
     Lorde envolto em cínicos pêsames e maliciosos agrados de fartura oferecendo prontamente a quem não os renunciou retornando a sua proteção antes da primeira estação pós-morte.
     O casal unido reinando sobre o publico, da riqueza e do glamour a mercê da eternidade na memória popular. Julliete manteve os negócios separados as atividades diferenciadas, abrangendo o grande público.
     O assassino manteve administrando a carniceria, centro de demência humana aonde miseráveis de amor próprio vinham para praticar o que o coração pedia e a ordem social não permitia os atos de sacrificar sem serem socialmente punido.
     Desejo de matar. Gosto divino empregando inovações a golpes de espada, estrangulamento e cólera, preocupando unicamente ressuscitar os desamores a cínico bem estar da sociedade. Cessando após os massacres os enlouquecidos, se almejava algum corrupto mesquinho, autoridade ou político fanfarrão rifava a sorte destas aos hospedeiros. Sendo o diferencial é que nada ocorreria, aprimorara a técnica de dominar os errantes, no geral sem efeito maléfico aos demais, promovendo conservadora e hipócrita segurança a participantes assustados e  desconfiados com boatos  de perturbações posteriores.
     A união perdurou...
 O ilustre cavalheiro do paletó desgastado pela maresia. 
Nuvens de poeira surgem, o  vento  vem trazendo consigo o odor de purificação do mar.
     Vestimenta de corte  alinhado e  fora de época a interessante figura despontava na localidade, acima o sol escaldante maltratando quem levava a medíocre existência, a população perturbada pelas  fulminantes apresentações do Lorde, o numero de mortes acentuava drasticamente, efeitos colaterais diretos aos intrépidos pendentes alastravam nas residências, pessoas assassinadas por entes vingativos - havendo coragem para aproveitar a oportunidade fora dos aplausos – motivos diversos, propensão a eliminar desamores e  posteriormente decepcionado por ter de volta o opositor, chegando à motivação do “Eu” pelo prazer da situação terminavam o martírio após o espetáculo.  Casos interessantes como a esposa jovem e frágil a ter ajuda dos assistentes a colocar o idoso marido no cadafalso devido enorme peso do estrapilho flatulento, depois do feito e chegando a casa, a efêmera mulher sentindo o gosto da coragem, enfiou a faca que estava á mão no pescoço do mal cheiroso quanto reclamava da comida – Imprestável! Saberás o porquê tirei você da casa de sua mãe! Queimaste o bife – ultimo desaforo. Mera doença de caráter... 
     Costume local nos meses de verão encontrar as ruas jovens solteiras e senhoras em sombrinhas acompanhadas de pretendentes a monótonos passeios, novidade o visitante distinto dos demais a chapéu de cor clara, diferente ao usual dos que vivem nesses cantos do mundo. Altivo trazendo consigo pequena maleta de estilo porta documentos e simples mala na qual estaria seus pertences. Apresentava-se como especialista em  psicanálise e esquizofrenias, Doutor Leblor de Samante, vindo de alto mar por assim dizer, tinha como oficio cuidar das mentes de marinheiros que enlouqueciam na meia nau dos navios e como hobbie a desvendar e desmentir possíveis sereias, embarcações assombradas, acrescentando quarenta anos de buscas e nunca sequer presenciou vulto inexplicável.
     Homem esbelto de pele bem morena a marcas deixadas pelo sol agressivo do mar. Encantador na educação e perturbador em questionamentos e  logo mostrou a que veio, acometido por comentários a respeito do carniceiro que assassinava e ressuscitada à bem querer, como Jesus a Lazaro e relatos intrigaram-no a comparecer a terra firme e comprovar a fonte do fascínio ilusório desse genioso artista de façanhas demoníacas, descritas assim por muitos.
     Instalado envolveu-se nas causas clinicas local para sustento no período que fosse necessário a concluir a tese sobre as peripécias de Senhor Deborath. A população temerosa à palavra transmitida pelo  missionário local, não levantando nos sermões os feitos e desfeitos do Lorde, custoso manter o templo impecável a base de doações dos fieis, convencer a Deus da deficiência humana é mais fácil que agradar os porcos locais dos domingos.
     Passando-se semanas a chegada do inconveniente, O Lorde precavendo-se da existência do mesmo logo que começou a perguntar aos cantos dos ventos as quais paredes tinham ouvidos e as janelas vozes, verdade que de inicio não deu atenção, afinal curiosos apareciam a todo instante, havia timbre nos interrogatórios, aprofundava questões banais e alheias às preocupações, não resumia a entrevistas a carentes de atenção, procurava se envolver na rotina local e principalmente remexer o passado das vitimas.
     Senhor de postura minuciosa, acostumado a publicar teorias e fechamento de pesquisas, famoso em grandes periódicos pelos trabalhos, desta forma poderia chegar claramente aos temores do povo e trazer alivio e tornando assim publica as descobertas de farsas a fenômenos inexistentes.
    Não tardou a visitar as apresentações e confirmar com próprios olhos as ocorrências que o intrigavam tanto. Participou como parte do publico varias vezes sem sucesso a ser convidado, Del’volterrie conhecedor dos interesses do Doutor o evitava claramente chegando mesmo a se confrontarem com palavras em dado momento.
    - O Senhor é homem de grande valia para nossa sociedade e não arriscarei que algo de errado com vossa pessoa.
    - Estando aqui esta noite tenho o mesmo valor que qualquer cidadão neste recinto.
   - Não se trata de mera ilusão, cada espirito tem sua hora e esta noite concluo que não é a tua – em tom ameaçador – mas a data não tarda a chegar.
   E rapidamente surgindo o melhor escolhido para aquela apresentação.
  Retorno ao passado 
 
    É de conhecimento que Claúdios  fora encontrado desiludido nas escadarias do theatro no inicio da manha e que não dizia conformidades choramingando divergências da infância e em consequência fora conduzida para tratamento a casa de repouso ficando confinado, isolado do mundo real e preso a papeis ate a morte por suicídio.
     Doutor Samante engajado como psiquiatra voluntário do recinto junto aos enfermeiros que o acompanharam, tendo assim privilégios a confissões inusitadas a requintes de crueldades supostamente praticados pelo escritor de passado de luxuria. Nunca deixou de escrever, na maioria banalidades sem nexo e realidade, entre folhas devoradas não expondo a outros olhos, contrario de alguns desenhos estúpidos deixados a quem mostre interesse. Escritos foram lidos, mostrava o lado usurpador de derrotas e conquistas, defendendo os íntimos lutava ate sangrar os saqueadores e a si próprio, força incrível emergida de homem de aparência frágil e pensamentos ambiciosos e mesquinhos. Demência perturbadora instalada, narrações sem sentido, acidentes que havia descrito no tabloide, acontecimentos ocorridos no passado, grande quantidade de poemas, ameaças a pessoas que por intermédio de franca investigação descobriu-se fazerem parte da infância burguesa, relatos de assassinatos, bajulas e casos de abuso a menores.
     Desabafos de mente cansada, Claúdios fora molestado na infância e em detalhes o real pairava assombroso e delatava que fora molestador pouco investigado pela policia, caso que dava a Leblor afazeres a visitar a majestosa Mansão  localizada a leste e procurar detalhes explícitos da imensidão das verdades do jornalista, comprovar rastros de veracidade nos rascunhos, nenhum registro nos altos policiais, sendo culto e viajado que em estado de insanidade descrevia verdades perturbadoras.
Bonecas de carne.
Escritos de Claúdios em papeis amassados e que foram usurpados
  Parte de anotações
     Devorado por vermes o medo intimo, a boca de cada parasita representada por dentes cor de mármore e lábios ensanguentados e beijados.
     Estripar: tirar as tripas; rasgar o ventre; matança.
    Carnificina descrita a cada nota que transcreverá adaptando a lógica das palavras fugindo de detalhes regados de insensatez do doente.
  As telas
     Constatando a existência de vitimas é certo que  não as amava, apenas desejava possuir os destinos, roubar o néctar para saboreá-lo: síndrome de criador, fato comum aos participantes da notável conspiração precedida por Lorde Del’volterrie.
     Inúmeras passagens sobre esquartejamentos e sangue supostamente usado na pintura de quadros que figuravam imagem, além de escritor eram talentoso desenhista, provido de qualidade artística, loucura tratada como forma de arte desumana e bizarra.
 
Vampirismo
 
     Desde os primórdios o sangue é representado como ícone da vida. O sangue correndo nas veias significa a continuidade do viver.
     O desespero insano levou Claúdios a prover de dieta de sangue, não das fêmeas que eternizavam a imagem, absorvendo sangue de varões levado à percepção de virilidade somada à eternidade de corpo.
 
Espelhos vivos
 
     Narrativas da Mansão herdada e localizada no conjunto de montanhas - filho de burgos de antepassados escravista - herdou majestoso imóvel de cômodos amplos, entre eles o citado como a sala das crianças. Indicava grandiosos jardins e entre imponentes e seculares Bétulas situava o cemitério de garotos que serviram de banquete.
     A sala das meninas em espelhos circulares que tomavam as extremidades do recinto, atrás como descrito pelo doente às escolhidas a mérito devido à beleza diferenciada. Tiveram as línguas cortadas e os lábios costurados, enclausuradas viva por trás dos espelhos de duas faces para eternamente assistirem aos clientes do ambiente sem serem notadas e impossibilitadas de exigir socorro ate a morte do corpo, no intuito de manter aprisionada a alma.
 
 
   Dentes cor de mármore
 
     Caso confirmado que o escritor era financiador de sequestros e negociações com mercadores de pessoas.
     A menina de dentes cor de mármore, demonstração de afeto baseado na necessidade de possuir a essência. Raridade de beleza infantil que fora adquirida como descrito no amontoado de folhas soltas - não ficando claro a direcionar o local. Beleza incomum descrita como a imagem de Sereia, a entidade Grega na alvura e aparente desejo ao conjunto face, lábios e chamativos dentes cor de mármore, pela igualdade de formação da boca, a brancura e brilho do sorriso furtava com facilidade ao agradar criança de seis anos – informação relatada – iludindo presentes e receber pelo ingênuo sorriso “branco”. Inocência à venda para o primeiro burgo disposto a pagar pequena fortuna para deitar com a virgem, preço desprendido para não apenas violentar a carne e despejou nos bolsos dos mercadores boa parte dos bens para apoderar-se de joia rara.
    Proprietário da inocência e por curto tempo chegou a venerá-la demorando a dar inicio a arrogância humana, logo que o sonho de ter companhia em estado de igualdade diluiu começaram os rituais de escravidão sexual, torturas e agrados insanos. A arte o maior quadro da sala, diferente das demais pinturas o fluido retirado agonizando dores em cortes feitos no minguado corpo – respeito maníaco pela face – talhara espelho especial e diferenciado para tê-la confinada a eternidade ao bem prazer retirá-la para repetidas horas de violência ate que o corpo desgastado pela sucessão de absurdos perdendo a formosura. Os lábios já não possuíam o sabor e desfizera a beleza dos traços, apenas o formato da boca reservava tom de formosura à mesma perfeição que achava dono começou a incomodá-lo e dela arrancada a sucessões de golpes de próprio punho a levando assim a morte.
     Da lembrança restou o quadro, encarcera-la ao espelho não poderia por estar morta. Enterrá-la entre os carvalhos seria repartir, providenciou sepulcro especial a enterrando no meio da sala e ergueu enorme mesa de pedra para almoços solitários.
 
Nota particular de Leblor
      Há provas dos feitos guardados na Mansão, possivelmente sepultado junto à adorada.
     O que o levou a deixar promiscuidade explicita: O alto valor destinado à aquisição da Sereia o tenha o desprovido de dinheiro, talvez pressões locais aos acontecimentos que não de todo escondido. Ou alargando o circulo para aumentar o leque de possibilidades de encontrar outra companhia, insatisfeito com a solidão. Fatos a verificar visitando a propriedade.
Assistente Johnson
 
     Acerca do assistente de palco pouco a apurar, entre vadios a verdade é falsaria ao medo de serem indiciados. De concreto que a loucura o teria dominado. Em conversa com a Viúva Senhora Smith obtive-se que o marido já retorna estranho desde a apresentação.
     - Nunca foi pessoa exemplar, mas falava sozinho confessando erros passados e investia em pedidos de perdão até o dia em que abandonou o lar. – Confesso da Viúva.
     Delírio de possessões demoníacas e perturbações insultavam vultos e cuspia adivinhações e mau agouro. Encontrado com punhal cravado no pescoço na obscura alameda dos bêbados logo após ter praguejado contra o comerciante que negara servi-lhe – Essa pocilga transbordara sangue nesta noite de lua cheia, quando os ânimos dos assassinos saem pra deleitar do clarão da lua.
     Sucedido na alameda, levando desconfiança que o comerciante encomendou a degola de Johnson, o interessante é que naquela noite bandos de soldados embriagados a vodca barata desentendeu-se e o novato exaltado empunhou de arma de fogo e proporcionou vários disparos a esmo, deixando corpos espalhados pelo salão.
     Testemunha apenas à mulher que o acompanhava a dividir garrafa de gim que afirmava veemente que relutava pronunciando blasfêmias contra o invisível e degolou-se com canivete e poça de sangue.
Nota ao Folhetim
     Indicar culpados e ser imparcial aos percussores. Cabe às autoridades locais esclarecer os crimes e punir os culposos.
     Á Vantuir Fanir vaga acrescentar, isolado estado de insanidade não possuía empregados ou a quem esclarecer o ocorrido nos últimos instantes de vida, acrescentam que por situação pitoresca de possível triângulo amoroso, alargou os braços do primeiro marido ao encantamento do opoente e precocemente retornou ao dono original, principal motivação da morte, o casal novamente unido antes da data de aniversario de falecimento.
     Johnson Smith e Vantuir Fanir dialogavam com demônios e por fim deu cabo às vidas em suicídio, o primeiro confirmado por degola e o segundo enforcado na solidão do lar. 
     Duvidas da existência de forças sobrenaturais, certamente houve uso de alucinógenos, induzir a ação desejada à plateia e efeitos colaterais posteriores, é que por trás das mortes o Lorde Del’volterrie totalmente responsável.
Assuntos pertinentes a observações
 
      Precavido abriu viagem à província distante e providenciou que Leblor fosse assediado pela lei corrupta o impedindo de continuar sobre ameaça de prisão por perturbação da ordem é incentivo a calunia. Pesava a pressão religiosa pregando que a ciência da psicanálise é afeto pernicioso a fornicar as mentes dos fieis filhos de Deus e induzi-los a fraquejar diante da Fé. 
    “Conclusão que na falta de provas materiais que por meio de entorpecentes e ilusionismo profissional Lorde Del’volterrie ludibriava em ato de mestre e somado à insanidade do próprio publico. Relativo às mortes, não há indícios de homicídio real nas dependências do theatro, orquestrado por conjuntos de arte e perspicácia do apresentador, nada de físico ocorria verdadeiramente. Ressalto casos que não serão confirmados, pois o artista cessou apresentar-se.”
O fim por um segundo
 
     Samante publicou as informações e logo espalhou alvoroço, deixava claro que: A loucura absorvera os envolvidos, traga pela pressão de serem massivamente assediados após teoricamente ressuscitado, ha alucinar mentes de histórico de demência, não afasto falta de clareza e ligações do Lorde com os suicídios, não como agente direto e sim como indutor. Acompanha a matéria dados importantes de pessoas de grande importância dessa trama: mortes de Claúdios, Fanir e termino a pendencia a Johnson. Recomendável investigação policial fervorosa.
     Nota final de Doutor Leblor, preferencialmente guardadas ao retorno de Del’volterrie e mesmas palavras foram lidas na presença de Julliete.
     - Idoso cozido pela maresia e injurias – indignação – exigirei que malvisto explique-se – jogando as folhas a mesa retirou.
     - É a opinião de um homem livre, e é que comentários são antigos.
     Entrevista não proveitosa.
     - Surgir do nada e difamar qualquer pessoa de bem?
     - Irei convidá-lo a comparecer a delegacia e Doutor Samante não é o desinformado que possa ser coagido por convites.
No sétimo dia Deus descansou.
Na ausência o Demônio criou   a humanidade.
     A entrevista com Delegado Santana abriu feridas em corações rancorosos.
     - Por sincero desprezo as opiniões do Senhor e do Lorde – entre cachimbadas, acrescentou – levantar suspeita contra quem quer que sejam baseados em pressupostos relatos de loucos. – Continuou – Criticar a vida alheia é parte do instinto de sociedade ao contrario de incriminar, citar nomes é injúria.
     - Vejo comodidade nos casos bizarros que assolam a localidade.
      - Não tratamos de pessoas com suspiros de devaneios, lidamos diretamente com escorias a retirar das ruas. Nada há se constatar nas mortes recentes.
      - Seu antecessor não tinha a mesma opinião sobre os acontecimentos e coincidências.
     - O que Catanir suponha não tem valor jurídico pela falta de escrúpulos a situação que o levou a morte.
     - Tenho motivos a aprofundar o assunto caso conseguir conversar serenamente com as famílias.
     - Traga-me algo qual possa responsabilizar alguém criminalmente, cessando o incomodo para os cidadãos a boatos calamitosos. – baforadas – Evidencias e colocarei a experiência a fim de levar a julgamento o culpado e cumplices. –olhar confidente – encarcerarei quem quer que seja.
     Fim de palestra restando o encontro a belas  montanhas. 
 
 
O covil
     Estando Leblor a distancia, Del’volterrie entregou os agradecimentos ao Delegado e obteve segurança para reiniciar as atividades. Motivo do retorno pela presença de Monarca que viera exclusivamente para acompanhar o magnifico devorador de almas – novo pseúdos artístico – apresentação a excelentíssima autoridade a frutos promovidos a espaços grandiosos e vantajoso ganho financeiro para homem de idade avançada que cogita furtivamente a afastar-se dos aplausos - conferindo a mente embriagada pelo carisma de Julliete e Osório Vantuir - a deixar o legado à família. 
     O coração de pedra moldado pela conveniência mostrava-se amolecido em oferenda a sorte.
     Programado surpreendente espetáculo para impressionar a comitiva do monarca. Movido pela harmonia que a esposa tinha a oferecer em novidades circenses, a estrutura planejada, transbordaria a província devido à propaganda massiva conseguida devida fanatismo do cativo publico. No geral nada de especial sairia de dentro do theatro, a carnificina tomava rumos previstos ha tempos, a falta de criatividade assolava. Procurou maquinar o surpreendente na receita óbvia.
      - Agrada colocar-se em risco!? – indagou Julliete.
      - Ideia esplendida. Senhores de características escravistas adoram possuir vitimas. O proverei de chance de sacrificar sem ser julgado pelo ato.
      - Trabalhe com o simples. Abra mão do almejado e não tenha receio de repetir o feito do decapitado.
     - Genioso!
O dia
     Tutor encontrando-se acamado na semana da apresentação trazendo receio a continuidade. Presença do monarca acertada. Pequeno detalhe não poderia estragar os planos de aposentadoria, cominou retornar o Tutor à terra dos Iseros e trazer outro feiticeiro para terminar a incursão ao novo mundo. O tempo interagindo contra.
      Desconhecedora dos prognósticos do evento. – confie a tarefa a Carsus – frieza das palavras.
     - Vale o risco. Terei com Carsus conversa detalhada. – concordou o Lorde.
 O violino
 
      A multidão comprime-se em volta da forca erguida no centro da grandiosa praça. Junto dos degraus que conduz ao cadafalso, o carrasco, Carsus, espera de pé, flanqueado por dois ajudantes... O calor é opressivo, e em toda a praça reina o odor mefítico de sangue.
     O monarca apresentou-se acompanhado da segurança pessoal a mantendo distancia. Palavras de animo recitadas pelo anfitrião, o entrelaçar da forca e o descer do corpo e estalo dos ossos e a sequência Carsus apresentando a espada da morte – a guarda do monarca antecipou-se – procedeu a decapitar Del’volterrie. Ao termino corta-se o silêncio como se fosse nevoa.
     Entoar de solo proveniente de violino desconhecido nas apresentações anteriores à corja de músicos. A cabeça decapitada exposta em forma de vitória. As palavras recitadas no alvoroço da plateia. O manto e a ressurreição a solavancos de desespero do renascido, o que se sucedeu a Lazaro? Pavor dominava e aos gritos trazendo angustia aos presentes, insensivelmente a pequena violinista desbravava agressiva beleza de entoadas, introduzida por Julliete.
      A falha? O corte não cessava de esvairá sangue necessitando do auxilio médico e em e solos fora levado apressadamente.
Imprevisto leva Lorde Del’volterrie a cuidados médicos.
Noticia do dia seguinte. 
  A mansão
 
 
      O viajante desembarcou na estação ferroviária entre as montanhas de inverno constante e pessoas reservadas de hábitos caseiros. Não providenciou acomodações duradouras, o mar o aguardava, marinheiros entorpecidos por ilusões por longo confinamento longe de terra firme. Permaneceria o suficiente para confirmar existência do calabouço relatado pelo enlouquecido em confissões escritas.
      Determinada localização de excêntrico morador e informado que esteve na propriedade dias antes do período manicomial.
     De parecer pelo tabelião que fora bastante assediado a vender a propriedade e resistiu por longos anos e motivo da ultima visita fora para assinar documentos de transferência do imóvel. Indagado pela identidade do comprador não revelado.
     Em entrevista que era de conhecimento popular a obsessão do morador e devido à grande importância política da família nada de concreto a coibir as taras dementes. Questões sexuais com crianças abandonadas não agredia a rede corrupta e burguesa, ouve reação quando espalharam boatos de tortura e assassinato, boatos não levados a finco, medida precavida exigir que afastasse da região por necessário a que injúrias fossem arquivada nas mentes dos moradores.
     Seguiu a propriedade para desvendar os segredos dos bosques, os espelhos e da grande sala e imponente mesa sarcófaga. Instruído por guia local continuou o trajeto a cavalo por sombrias estradas perdidas entre gigantescas arvores maltratadas pelo frio constante, extensas áreas sem sinal humano, coberto pela neblina e assediado por carnívoros. Frio devastador e subidas íngremes avistaram no vale cavado pela criativa natureza à Majestosa Mansão. O tom de inverno dava à maravilhosa arquitetura ares de morte as edificações interligadas em único conjunto, modelando o castelo nas montanhas. A cada aproximação janelas curvas despejavam formas e complemento do prédio apresentando no decorrer do caminho transposto ate a entrada dos portões em muros de madeira e pedra desgastadas com o tempo, a de percebido pela preservação do imóvel que ainda possuía riquezas.
      Transpôs a muralha a procura dos serviçais, irreal que majestosa arquitetura abandonada a saqueadores. Uma carruagem avistada sem cocheiro e cavalos. – ouviam-se os relinchos – caminhou em direção à baia e visualizando os animais envoltos em mantas negras a conforto do frio. Vasculhou nas proximidades, efetuou gritos e chamados e ninguém a recebê-lo. Forçou as portas laterais do conjunto. Partiu para a seguinte, trancadas e inclusive as janelas. Circulando o anexo, conferindo maçanetas e chegando a interligação do novo edifício. Percorreu ao segundo edifício e depois de insucessos encontrou a que vacilou em abrir, podendo investir ao abrigo.
      Maravilhado pelo conjunto de peças completando a dispensa e cozinha direcionando ao corredor a ocultar sombras do que seriam cômodos menores. Insistiu procurar sinais insucesso. Seguindo o corredor deslumbrando obras inusitadas de pintores abstratos, além de exposições de enorme criatividade e assinadas por nomes considerados. O corredor anunciava pequenas salas e corredores demonstrando assim como figurava o conjunto de união dos edifícios, pequenas salas repletas de livros, pequenos museus e outras simplesmente vazias como a esperar que lhe dessem alma. De prédio a prédio, escadas que levariam ao piso dos aposentos. Não investindo ao andar superior anunciou-se sem resposta. Levando-se ao mais extenso.
      Sala de enorme porta que dava para entrada da mansão e novo conjunto de escadas ao piso superior, candelabros descuidados de limpeza, mobílias antigas de ares espanholas e quadros de artistas consagrados, verdadeira fortuna. Pequena câmara e conjunto de louças e ornamentos talhados em pedra chamavam a atenção a aproximar de peças destacadas por não completarem o conjunto dos moveis, pia enorme adornada em ouro e a frente do lavabo o espelho de cristal revestido de poeira mostrava igual valor, tal peça dava a robusta porta de metal que transposta ao encontro do procurado.
     Confirmada a sala de sombria, grandioso espaço e seus espelhos vivos a quadros que extrapolava arte nas falhas de pincel e marcas de digitais de ponta de indicador. Veio à mente o que havia lodo e visando pelas janelas obstruídas da luz por cortinas espessas que afastadas refletiu os a floresta de carvalhos. Centralizada enorme mesa talhada e abaixo estariam sepultados os restos mortais. A intrigante sensação de observado friamente pelos enormes espelhos dominantes do vão do local, excluídos quadros pintados a sangue das vitimas confinadas, tinham ar de socorro, pedido de misericórdia e vontade de liberdade.        
     Entorpecido pela cena investiu contra um dos espelhos a cadeira de cabeceira da mesa. Dificuldade para quebrar cristal de espessura inigualável, chegando a trincar sangrando as mãos a agressividade dos filetes, revelando partes da mortalha levando a múmia à liberdade. Impactado pelo terror que passou na maior parte da vida a procurar desvendar.   Falhou o fôlego ao ato de desespero e veio à mente que atrás de cada espelho acondicionava corpo mumificado a pedido de socorro.
       Abraçou o cadáver procurando força pra libertar os demais, ate a angustia ser quebrada por palmas investidas dentro da sala da morte.
      Aplausos!
     – Duvidamos que chegasse tão longe! – silencio – Não o recomendaram retornar ao mar?
      O rosto familiar, tal robusto homem servo do Lorde. Por que abutre aqui se encontra? Confuso levantou vacilante.
     - Calma, te ajudarei – Carsus ao auxilio.
     - O que faz aqui? – indagou ainda confuso.
     - Vim receber grandioso visitante a casa dos Del’volterrie. Se anunciado eu mesmo haveria lhe mostrado a propriedade.
     - Responda-me! É propriedade do Lorde?
      - Este não participa. – apoiando Leblor e lhe passando a cadeira, a qual investiu contra o espelho. – Estabilize a cabeça cansada e reflita.
     - Você é ligado diretamente às vontades dele. Qual a trama escondida aqui?
     - Caso de família. – sorrisos – O Tartufo foi marionete na organização dos acontecimentos.
     - Qual corvo assumiu tal providencia? – tentou levantar e detido por Carsus empunhando arma de fogo.
     - Quem mais poderia? Não me decepcione, use a imaginação. Vasculhe a periferia dos fatos e pondere os envolvidos, assim enxergara a frente. Reflita velho idiota.
     - Não vejo inocentes na escoria, são lobos devorando lobos.
     De cabeça baixa a escorrer o sangue devido à investida, percebe novos passos em sua direção, passos singelos de saltos de quem sabe andar com classe entre os poderosos. Levantou os olhos na iniciativa de avistar o novo anfitrião.
Abismo
 
 
       Do erro o público será desconhecedor, afinal a pratica de tirar e devolver é parte dos frequentadores viciosos dos palcos. Fugindo do controle, pequeno detalhe despercebido à ausência do homem de cor. Carsus seguiu as normas como designado e o tempo revelará a verdade, de consistente Del’volterrie dirigido a cuidados médicos devido à corte na jugular que quase o levara a morte real.
       Devido acidente com o ator principal e a fragilidade vital, estado de recuperação precário à grande quantidade de sangue perdido, a aposentadoria a fiasco, a desistência do monarca.
     No coma permaneceu assistido por poucos. Julliete incumbiu-se a dar fim às insanidades do esposo, não haveria espetáculos sangrentos, apenas a arte que tornara praticante.
      O afastamento do Lorde que passando os últimos dias confinado, e desiludido de total recuperação física. Vitima e conhecedor do que havia dado errado enxergou dentre os olhos do agressor o cinismo da vingança. Porque Carsus recitara a Lira da sobrevivência pela metade? Quem introduziria o violino estarrecedor de genialidade e servindo para ensurdecer a fascinar os espíritos vagantes as apresentações à procura de solos? O covil de víboras saciado pelo próprio convívio, Carsus revela-se infiel. O solstício final, idêntico aos que receberam tratamento cruel, os espíritos o perturbariam ate que esbarrasse no abismo da loucura o levando ao suicídio quando cansassem da carcaça. Estapeado pelo próprio punho, comedia irônica.
      Preso aos desejos do acusador. Carsus mostrara-se autêntico na função de privar a vida, unido à acusadora Julliete formando o júri em que Del’volterrie seria condenado há esperar o ultimo suspiro. Embriagado por visões, trancafiado a demônios e sobre vigia a evitar encontrar a saída na morte. Palestrava noites seguidas com Johnson, insultava Claúdios entre deslizes de amizades no tormento trago pela presença de Vantuir, os sacrificados pela viúva negra.
 
A anfitriã 
     Cabisbaixo sangrando a face devido à investida violenta sentia a movimentação de passos de quem sabe caminhar entre os poderosos, levantou os olhos na intensão de visualizar arredor.
     - Espantado!  – a visão do inesperado.
     - Senhora Vantuir a maestria dessa orquestra. E Lorde Del’volterrie?
     - Desatualizado. – dirigindo melhor anglo de visão – Meu esposo sofreu terrível acidente estando a cuidados médicos.
     Aproximou-se que o odor de almíscar lhe invadiu as narinas. - Direito de viver é merecedor pela investida em desvendar a trama e apontar os culpados. Homem digno por estar agora em nossa companhia.
     - Vamos dar fim ao intruso – propôs Carsus.
     - Acredito que tenha o direito de saber a verdade antes do fim. O que os levaram a infidelidade ao Lorde?
    Carsus preparava para efetuar disparo contra o Doutor, quando Julliete interferiu.
     - Filha das ruas e vendida na condição de servir? – puxou para si outra cadeira da sala – Ter o destino talhado. Usurparam o direito de infância de carinho materno e aconchego e proteção da comunidade. Acredita que chamam isso de batismo! Apresentar o recém-nascido à comunidade para esta o guardar de mercadores e pedófilos.
     - Por sincero que compadeço da sua dor.
     - Dor em ser vista como carne, passar de mãos efeito mercadoria de troca, tratada como brinquedo sexual por homens enriquecidos pela exploração de servos. Entregue a Claúdios; inocência aos sete anos. – lagrimas – parte da encomenda de oito crianças traga para a mansão e violentadas pelo maníaco no covil de sociopatas. Graças a Carsus não fazemos parte da arquitetura desse lugar. – suspiros de lembranças ferem – empreendemos fuga devido a descuido dos embriagados. – abaixou a acariciar o chão – Sorte não tiveram os que ficaram; os garotos foram enterrados vivos. Fugitivo para as montanhas ouvindo as suplica dos que permaneceram. – Ergueu-se – Dor humana! Creio desconhecer sobre dores humanas. Como foi difícil para duas crianças sobreviverem ao medo de serem agredidas por quem deveria zelar, vitima de inescrupulosos que comparecem aos domingos a presença de Deus a mostrar compromisso à comunidade. Proteger a deixa-las em farrapos as sarjetas do mundo. Sabe que dores são estas?
    - Posso te ajudar a se tratar! – Tentativa de consolo e agredido friamente a punho de pistola.
    - Cura? – sorriso doentio – A misericórdia nos encontrou entre trapos após dias de fuga ao mais longe possível desse lugar. Vagávamos pelo limbo sem amparo e apavorados. Curados em acreditar que solicitando abrigo na igreja o mal não nos alcançaria. O mal tem varias faces e acolhidos pelo Padre fomos leiloados aos homens da igreja, disputados pelo Delegado Catanir e a corjas de políticos e comerciantes locais. Arrematados por Johnson e presenteados ao Lorde. Se há cura pra o que sinto não procuráreis beber da salvação, pois na existência do criador este não me condenara.
      - Esta se alimentando de ódio. Estes mesmos que te enfraqueceram quando obtiver sucesso na investida.
     - Cada personagem terá suas responsabilidades, estando ausentes dois atores. Talvez três, pois não decidi a atitude tomar a sua visita inesperada.
     - Como convenceu Claúdios a lhe vender a propriedade. - Na iniciativa de estar a par de todos os fatos.
    - Corrompida a alma o maldito em arrependimentos ao contar-lhe segredos aos ouvidos não impondo dificuldades a obter a propriedade. Acredita em demônios Doutor? Deveria reconsiderar as suas crenças, quando agradados realizam desejos.
     - Terminar os meus dias acreditando em feitiçarias não é o que pretendia.
     - O Doutor não é merecedor da morte por se deixar vagar em pastos secos. Há vermes à dianteira.
      E Elacircula a sala rendendo-se aos espelhos.
     - Faria parte dessa obra. Tenho planos para a sala, aqui aprisionarei os culpados a mendigarem pelo perdão. Os cadáveres chegaram e serão confinados sem providencia de sepultura atrás dos espelhos em liberdade de minhas irmãs de infelicidade. Carsus já libertou os irmãos de sorte. Foram cremados e seus espíritos finalmente encontraram conforto.
...
     - Não foi fácil armar a ratoeira. –confortando os quadros. – convencer que Carsus seria serviçal confiável. O Enriquecimento ilícito de Johnson. Conquistar Fanir que permanecendo vivo a torna-se outro Lorde Del’volterrie... Promover o conhecimento da magia, investir contra os inimigos a mercê dos eventos semeando discórdia. Manter o Lorde entre ervas daninha. O senhor acelerou o toque final ao desembarcar na província atormentada. Nisto tivemos que rever certos papeis para conciliá-lo.
    Caminhava de cantos em cantos e os passos da lamuria tomaram conta do recinto.
     - Sábio homem é merecedor da escolha do destino.
     - Sepultado longe deste lugar!!!
      - Te estimo! – retirando pequeno frasco alojado entre os seios – Beba! –Coagido a ingerir o liquido arenoso.
...
 
     Carsus deixou a propriedade seguindo ate a estação ferroviária onde recolheu caixotes que chegaram de encomenda, Julliete ficara junto às irmãs a preparar chegada dos convidados. Do vagão de passageiros acolhido com dificuldade a desembarcar em cadeira de rodas Lorde Del’volterrie visivelmente entorpecido pela presbiofrenia.
Lorde Deborath Del’volterrie   
 
 
      Mergulhado no abismo da mente a ter conversas veementes com espíritos, desgraçado e desprovido de oportunidade de morte. Emboscada maquiavélica a qual o destinaram, estando na particularidade de vivo a conselho dos mortos. Não haveria sossego para as investidas de Johnson, Claúdios e Catanir este que aprisionou a si a presença do pai de Renato. Vantuir Fanir a ultima presença amargurada por se achar inocente e desmerecedor de tal sorte. O Lorde em moléstia impossibilitado de levar o corpo ao suicídio.
     Anúncio final, faltando o ator pouco mencionado a juntar-se aos corvos.
     Carsus voltou à província para encontrar velho conhecido inalcançável aos olhares que o perseguia. A trupe desaparecera, o palco abandonado, afirmavam estando amaldiçoado pelos participes das bizarrices ali presenciadas. Seguiu pelas Alamedas dos burgueses, rodeada de casarões e jardins faraônicos e não menos grandiosa a Basílica. Sem orações transpôs as portas do templo desprezando imagens sacras que não traziam acolhimento.  Acomodou-se a companhia de três desesperados a socorrer de pecados a confiarem confissões ao corrupto desprovido de qualquer condição de fé.
       Pacientemente aguardou a o momento de levar a Deus as considerações por   ser deixado ao proveito dos homens de posses habitantes do mundinho de sete dias.
      - Padre.
      - Agraciado com sua presença filho! Que ventos o trazem, há anos que não o tenho na presença da cruz.
      - Andei ocupado tomando providencias terrenas.
      - Como vão passando sua irmã e sobrinho Osório? – filho do relacionamento entre Fanir e Juliette - E Lorde Del’volterrie?
      - Estamos acolhidos nas montanhas para melhoras do Lorde.
      - Quando depositei vocês a adoção o intuito de serem bem tratados.
      - Eternos agradecidos pela amizade. Estou a ordens do Lorde que se encontra recolhido. Vim buscar-te para orar por alma perturbada e aproveitar dar à benção a moradia – de súbito agarra o braço do pontífice.
      - Inoportuno – a víbora ameaçada armou bote – há muito que fazer por daqui.
      - Desprezara pedido de auxilio do maior financiador?
      - Prometo brevemente, mas agora não é possível. – A procurar abrigo á situação de perigo.
      - Acredito que não leva a serio a situação - espanto nos olhos do Padre as investidas de seguidos golpes de açoite – maldito desentendido. – a grená do ódio seguida de gritos de socorro – vou levá-lo! – caído ao chão e sangue na sotaina pela força da ira titânica de Carsus a dar fim à consciência.
 
...
 
     Juliette prometera presença de orador pelos confinados a morte do corpo e a eternidade da alma aprisionada a mansão.
                                   
      - Terá a quem rezar – a voz feminina encheu-lhe os sentidos em fortes dores de açoitamento e intoxicação por substancia ministrada a deixa-lo desacordado. Recordava de Carsus e a investida contra sua dignidade. – Aqui terá tempo para traquinar com Deus a dar acalento.
     - Ingratos. Provi o sustento e me tratam dessa forma? – procurando apoiar-se na grande mesa. – Quando retornar a Basílica – mentindo a si na forma de ter algum alento – A forca espera ambos.
     - Cale-se! – novamente exposto e agredido desta vez por Juliette – daqui em diante terá unicamente a imagem do inferno - rodeando o indefeso a Senhora de Negro desejosa de investir contra o inimigo. – queríamos o socorro para nossas vidas e iludidos por imagens sacras e orações acreditávamos que teríamos proteção. – suspiro de misericórdia do opositor – Meras mercadorias!
     - Qual o teu preço impostor? – Carsus.
     - Deus não terá piedade de vocês.
     - Ele foi convidado e infelizmente não pode comparecer. - Julliete.
     - Acreditam ter sucesso nessa investida contra a presença do servo do Papa? Sentiram minha ausência. Sou essencial à comunidade.
     - Não sentiram sua falta, corpos serão encontrados nos destroços da Basílica consumida por chamas.
     - Canalhas! - Reunindo forças e derrubado.
     - Padreco, aqui não lhe faltara o que não possuía na igreja. Terá comida e motivos para orar ate que o Demônio venha busca-lo. - Carsus.
      - Trancafiados a mansão até as orações e suplicas se misturem a arquitetura do prédio.
      Sequência ao terror angustiante apoiado a cadeira e contido por força imobilizadora de Carsus para que a Senhora derrame ácido nos olhos do missionário e na escuridão da cegueira possa ter prioridade na salvação.
O fim
      Olhar atordoado a procurar a sensatez da razão, esteve febril por dias, desconexo percebia que se encontrava em local familiar e acalentador a cabine da embarcação, acolhido por seus homens entre a vida e a morte por doença de terra firme.
      - Como cheguei aqui? – indagou.
     - Avisaram-nos que estava a cuidados médicos por efeito de mordida de víbora nas várzeas do leste.
     Demorou organizar os sentidos a que recebera das mãos do auxiliar bilhete encontrado costurado no bolso do paletó.
     “Caríssimo Doutor, não cabe aqui entre nós nova visita, o passado agora se une ao futuro, peço destreza confidente, afinal a vida lhe pertence e que tudo seja esquecido.
 
Lady Deborath”     
 
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Atualizado em: Qua 30 Nov 2016

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