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Ser tedioso

Que monotonia ser sempre eu mesmo.
Faltam-me outras perspectivas.
Gostaria de saber como é ser quem não sou
Ser o que não sou, gostar do que não gosto,
Odiar o que amo, pensar o que não penso.

Que tédio ter sempre a mim como referência
Ter apenas os meus próprios contraditórios
Mas nunca os alheios.
Tolhido pelos meus horizontes limitados
Não sei o que podem os outros.

A mim não me bastam os meus problemas
Quero dos outros, as suas soluções.
Não quero ser somente eu,
Quero ser camaleão, múltiplo, quero.
Quero até mesmo não querer.

Quero saber como é ser belo,
feio, burro, gênio, bom, mau,
generoso ou escroto, sendo algo,
intensamente, sentindo tudo,
não superficialmente.

Mas ao rever os versos
Penso que já sou tudo isso,
E nem sou nada disso.
Sendo só eu mesmo,
Será preciso ser o outro?
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Atualizado em: Seg 19 Nov 2007

Comentários  

#8 rafacruz 22-11-2007 07:52
Bela reflexão poética sobre a alteridade. Meus parabéns.
#7 rafacruz 22-11-2007 07:52
Bela reflexão poética sobre a alteridade. Meus parabéns.
#6 rafacruz 22-11-2007 07:52
Bela reflexão poética sobre a alteridade. Meus parabéns.
#5 rafacruz 22-11-2007 07:52
Bela reflexão poética sobre a alteridade. Meus parabéns.
#4 Helena Karsof 21-11-2007 18:41
Interessante seu texto. A última indagação é mais do que perfeita. Ser apenas nós mesmos já nos é bastante trabalhoso.
Parabéns.
#3 Helena Karsof 21-11-2007 18:41
Interessante seu texto. A última indagação é mais do que perfeita. Ser apenas nós mesmos já nos é bastante trabalhoso.
Parabéns.
#2 Helena Karsof 21-11-2007 18:41
Interessante seu texto. A última indagação é mais do que perfeita. Ser apenas nós mesmos já nos é bastante trabalhoso.
Parabéns.
#1 Helena Karsof 21-11-2007 18:41
Interessante seu texto. A última indagação é mais do que perfeita. Ser apenas nós mesmos já nos é bastante trabalhoso.
Parabéns.

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