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FLUÍDO

Meu verso chama tudo de caminho,

Feito uma bateia no garimpo:

Contém rio, e nele é contido.


Das horas, e seus falsos infinitos,

É dever do poeta de ofício

Colher o luxo, e também o lixo,


Acender bombas, apagar pavios,

Ver com outros olhos: ler o não lido.

E sob a noite alta, decassílabos… 


(Mas poemas não têm fim, nem início).

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Atualizado em: Seg 27 Nov 2023

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