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Poesia do desempregado
Na sociedade do conhecimento,Tento melhorar,
Não quero sofrimento,
Quando emprego procurar!
Gente sem sentimento,
Diz não ao ver-me chegar,
É a fila do cancelamento,
Penso logo em não me irritar!
A moça bem varonil,
Olha-me desconfiada,
Mostro sorriso gentil,
Quero-a minha aliada,
Leio de forma sutil,
Aguardando a chamada,
Neste processo funil,
Penso: não há marmelada!
Alguém aparece,
Ouço meu nome chamar,
Ela senta e esclarece,
O serviço a realizar,
Tal salário empobrece,
Minhas chances de ficar,
Levanto e ela agradece,
Fico de retornar!
Volto para a casa a pé,
Na triste amargura,
Eu ainda tenho fé,
Sem ganhar fartura,
Comprei um picolé,
Avaliando a doçura,
Dia seguinte na Sé,
Recomeça a aventura!
Atualizado em: Qui 28 Jul 2022