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ENTORPECENTE

Mais uma vez o teclado dispara
(neste falso arranjo de palavras)
o caxixi dos amperes passados
no alambique elétrico da massa
 
cinzenta do cérebro que só sabe
desenhar a sua imagem ampliada
nos cantos do meu verso escravo
e sob a garapa azeda da sua falta.
 
E mais uma vez o poema me escapa
(a sua poesia é a cabeça da cachaça).
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Atualizado em: Qui 23 Dez 2021

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