person_outline



search

Ave ardilosa

O gavião em meio as corujas, dorme, pacificamente.
As aves fogem das incumbências alheias.
A lua, eufórica, reverbera em forma de sorriso.
A vizinhança cognitivamente bucólica, coleciona casas em ruas lúgubres.
Hora da Ave Maria.
O azul ressalta, logo ali, na esquina.
Entre, há uma estranha no ninho. Uma estranha deveras conhecida.
Taciturna. Abre o bico apenas quando a mamãe coruja a deixa.
Fricciona feridas com suas garras decrépitas.
Contempla a vida frenética. O primeiro agente social.
A porta é o abismo psicológico, o prelúdio do ininterrupto surto existencial, das instruções efêmeras.
Todas as noites, despenca .
Lutando contra as bestas internas . São mesmo internas?
Fixe a cadeira no lugar e assista a velha rotina anárquica.
Existem experiências valiosas demais para serem trocadas por meros conselhos.
Logo ali, na esquina, o azul vira cosmos, resultando-se palco para sua última batalha intrínseca.
Pin It
Atualizado em: Seg 13 Dez 2021

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br