- Poesias
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AGORAS
Sou amigo da penumbra da noite nova,
desta luz quase apagada perto da hora
que marca o tropeço do dia e uma troca:
o claro vai ao ocaso — e o breu à aurora.
Sou amigo da sacada e do vento que roda
a imagem, mas a mantém na mesma rota
de ter entre as mãos o teor das suas bordas
úmidas e o canto das sereias dos seus poços.
Nada realmente importa se não se importa.
— E só por você eu fecharia todas as portas.
Atualizado em: Seg 13 Dez 2021