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Espaços

Fui fisgada por uma música
Me lembrou dos tempos que eu costumava sorrir
Belos tempos aqueles...
 
Só me resta escrever em linhas tortas
Falar sobre o amanhecer que eu queria ver
Sobre a pintura que iria fazer...
 
Me imagino caindo... Caindo
Não com violência, mas quero ver o céu
É como deitar numa avenida vazia, olhar pra cima e ter certeza de que a realidade é muito maior do que todos acham ser.
 
Tudo é tão leve, eu sinto que poderia voar... Voar com meu guarda-chuva rubro, olhar toda a cidade lá de cima...
Rodopiar pelo espaço, visitar Saturno e contar todos os seus anéis.
Ir à Plutão, no meio de seu coração
Plantar gatos
Colher miados
Escolher canções de uma geração jamais esquecida...
 
Olhar as flores no jardim da lua
Ver a Terra, tão pequena...
Observar você regando seu bonsai
Como eu queria teu abraço...
 
As estrelas estão tão longe, mas as vejo tão de perto
Me sinto tão bem girando, não queria pôr fim ao meu rodopio...
 
Quero visitar as constelações
Manchar de ciano meu corpo colorido
Descolorir todo o universo e pintá-lo de purpurina
Não deixar ninguém esconder um sorriso
Fazer rir a mais bela mulher de vermelho
 
Quero ser como um abraço
Quero ser infinito
Mas nada quero sentir
Apenas um peixe nadando em Júpiter
 
E eu estarei do seu lado

Estarei, estarei, estarei
 
E seremos infinito...
 
Seremos.
 



Escrevi esse poema em uma noite de quarta-feira, escutando "Space Song", de Beach House. 
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Atualizado em: Seg 13 Dez 2021

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