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TARJADO

Reutilizo o poema feito um artifício

para alojar os meus versos rangidos,

osso a osso, dente a dente — no ruído 

das mandíbulas aflitas do bruxismo.


Escrever assim neste estado de espírito

é investigar o verbo que, no infinitivo,

acenda a labareda e destile o absinto

dos desassossegos que agora eu sinto.


Inspiro. Expiro. E prendo soluços tremidos.

Tomo a drágea — o único abismo que avisto.

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Atualizado em: Sex 17 Set 2021

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