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OPACO & VAZIO & ESCURO
Eu sou a sobra do poema que não pude,aquele que perdeu o verniz (o balaústre
inútil transpassado na alma e na coluna
desses meus dias de carma e de culpa).
Moro nos escombros do verso e na tortura
de não saber me soerguer nas arquiteturas,
de não ter a agulha do amanhã e sua costura
que não junta o vazio compulsivo das lacunas.
Trafego entre os breus dos polos da estrutura
da poesia invisível e desta obsessiva procura.
Atualizado em: Qua 11 Ago 2021