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PARALELAS

Há um verso ali na soleira
do espanto, no oco do vão,
no biombo solto entre a luz
quase constante da televisão
inútil e posta no outro quarto.
Há um verso ali na rodovia,
onde o sol apareceu escarlate
daquela hora de uma rotina
do sangue do céu e das pistas
que, por sobre a tarde, caíram;
e há um verso ali que predomina
no solavanco da vida. Há o cobre
estirado, mas também há o cinza
e a pena do roxo disfarçado de rocha
— um vinho furta-cor de rosa ainda.
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Atualizado em: Qua 11 Ago 2021

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