- Poesias
- Postado em
10h48
Vejo a pátina do castiçal das dez e vinte e cinco
dessa manhã de zinco — que devolve o brilho
lusco-fusco de suas luzes opacas e de cinzas
múltiplos. E de lado a lado um colar perolado,
feito se o sol — ao contrário — fosse prateado.
Às dez — e quarenta cravado — o verso furta
a trajetória do poema e segue outra arquitetura
— muito distinta da qual o poeta havia pensado.
Depois de quatro minutos, surge um azul na fresta
no penúltimo quadrante da janela do quarto aberta.
Dez e quarenta e cinco. Ainda dez e quarenta e cinco.
A tortura das horas. E antes dos cinquenta eu termino
Atualizado em: Seg 9 Set 2019