person_outline



search

DE FRENTE PRO CRIME

Vigio a luminosidade da manhã terminal e nublada.

Anoto as formações aqui e acolá e as nuvens raras

que o céu apresenta, dentro da minha paz suspensa

entre o furta-cor do óleo diesel no asfalto do poema.


Coleciono meios-dias nos vapores altos de um verso

camuflado nas esquinas do cotidiano ou no gás hélio

da tarde que levita sobre as notas cítricas desse agora

de um passado bem espesso e que ainda não foi embora.


Desenho meias-noites na paleta púrpura dos véus íntimos

roxos de vermelhos e azuis e vários violetas quase bíblicos.

Quando a madrugada já é a rainha, as horas se modificam

e uma brisa acética corrige o soro do vento: rápida e fluída.


A noite fresca saiu do banho. Está ainda molhada nas ilhas

da calçada vazia. A cotovia mexe-se no galho. E cai na guia.

Pin It
Atualizado em: Qui 5 Set 2019

Deixe seu comentário
É preciso estar "logado".

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br