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IMERSOS

Tem vez que tudo
se disfarça entre
códigos velozes
tudo se oculta sob
a pressão das horas
e da mentira quase
contumaz durante
o seu teatro o seu
ato em que vive o
cenário da sua vida.
Tem vez que o copo
enche muito rápido
quando a falsa harmonia
parece que te controla
vem o golpe da misericórdia
e tudo o que se guarda
transborda em lágrimas
feito válvulas de escape
que em vez de fumaça
expelem água salgada.
Tem vez que sempre sinto
quanto amor há aqui dentro
e que pode ser oferecido
e visto no poema da aurora
no verso mudo de um sorriso
na saia posta no varal de cinzas
ou no carinho que se estende
entre suspiros ao quase infinito
de eu te amos de ais e gemidos
e mordidas e línguas e absintos.
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Atualizado em: Seg 8 Jul 2019

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