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PRA QUEM NÃO TEM PREGUIÇA DE LER: MEU LIVRO SOLIDÃO. PARTE II...
Deixa-me acariciar-te sob beijos...
Sussurrar-te meu amor aos teus ouvidos,
É o que mais anelo com esses desejos,
Com que te zelo e o porquê de meus sorrisos.
Deixa-me eterniza-la em teu coração:
A doce fragrância, emanada e transfundida Desta canção,
Por que estou fazendo menção
E que realmente ablui, toda uma vida.
Deixa-me também, abluir tua alma.
Balsamo quero nela pousar sem rodeios,
Corroborar a ela, com sentimentos de calma.
Deixa-me emaranhar-te ao meu espírito,
Agrilhoando-te junto ao meu sentimento de paixão,
Que gane dentro de mim, feito periquito.
O AMANTE APÓS EXALTAR A AMADA, AGORA A OBSERVA.
[...] Visto que admirar-te Linda, é para mim uma indizível experiência fenomenal, sempre que me pego à apreciar-te em minha mira ocular... Assim como deslumbrar o vasto oceano sentado na beira de uma praia como a de Fernando de Noronha (sem igual!); assim como admirar as incontáveis e diferentes paisagens no universo por um Mega telescópio como o Fast; assim como admirar as miríades e miríades de estrelas e constelações no céu, como o Órion, o Cruzeiro do Sul, as Ursas etc., etc.; assim como admirar a exacerbada quantidade de componentes que moldam e configuram o corpo do ser humano, desde os minúsculos gametas masculinos até mesmo os tecidos de pele do corpo a derme e a epiderme por ex.; assim como admirar a colossal fauna mundial repleta por díspares e incontáveis espécimes de animais, alguns até mesmo ainda não catalogados e outros já em extinção; ou ainda, admirar-te Linda, para mim é algo tão único! Como atentar para as diversificadas floras que circunscrevem o globo terrestre (como são lindinhas, não achas Linda?!). Eu sei! Eu sei! Eu sei que não sou nenhum Galileu, tampouco, um Darwin ou até mesmo um Mendel, ou um Lamarck, para estar aqui articulando sobre tais assuntos, contudo, porém, sou eu apenas um apreciador das belas obras de arte criadas pela mãe natureza, assim como já dizia Aristóteles em sua Política, sobre as criações da natureza, que na realidade proveio esta do Big Bang, que proveio da criação de Deus, que não foi criado por nada, todavia, sempre existiu na eternidade segundo o axioma da religião sobre a existência d´Ele; quiçá eu seja muito mais que um apreciador das belas obras de arte da natureza, quiçá eu seja um eterno amante dessas pequenininhas coisinhas maravilhosas, únicas e exclusivas, que são quase que imperceptíveis aos desatentos e inaptos olhos menos requintados. Oh! Linda, quão belas e graciosas são, as lapidares linhas que tracejam o seu esbelto e uniforme corpo (é de dar inveja as estátuas de Michelangelo, diga-se de passagem), seu aprazível rosto, melhor me é do que o de Angelina Jolie, do que o de Madona, do que o de Penélope Rainha de Ítaca, do que o de Helena de Tróia, do que o de Gisele Bündchen, do que o de Lucia Tavares Petterle, do que o de Stephanie Del Valle; mesmo sedo esta minha subjetiva opinião e não objetiva, eu tenho total ciência disto Linda —, (não me queiram mal os fãs das outras), pois não estou legiferando sobre o tema beleza, todavia, estou sendo o mínimo suasório possível, para que ao invés de falar sozinha minha convicção mais alto, falem mais baixo por si mesmas, mas à guisa incontroversa, as evidências externas de teu semblante e as cabais provas recolhidas pelas perquirições executadas pelo meu amor por ti ao longo dos tempos em que estivéramos juntos, tu e eu no pretérito mais distante que posso recordar-me! Sendo estas provas, extremamente eficazes e incontroversas de tua inigualável beleza, tão maciças o quanto o cimento, o quanto o adamantino, o quanto o diamante, o quanto as rochas etc., etc., etc., eu bem que poderia renunciar a qualquer momento Linda, esta torturante e constante avidez insubmissível, de a todo custo tê-la em meu regaço, tal qual um aio acalenta com muito amor e ternura um dos rebentos de seu amo; antes, porém, não fosse meus enganosos e indomáveis par de olhos profundos e castanhos esverdeados, ter-te fitado naquela fria e úmida tarde de domingo, em que sentada estavas tu, em um pequeno banquinho de madeira envernizado e um pouco arranhado nas laterais do pé devido as incontáveis quedas de percurso, lembras tu disto Linda? Estavas tu defronte àquela velha casa verde musgo estilo mausoléu, com alguns poucos tijolos perto da janela da lateral esquerda quebrados, igual àquelas casas velhas de cortiço, sim! Ali estavas tu à meditar seriamente, duma forma peculiar indestrutivelmente, naquele velho livro empoeirado e sem capa de Aluísio Azevedo chamado: O cortiço, foi amor à primeira vista Linda, eu recordei-me naquela hora nitidamente, quando em minha primeira vez em que o mesmo livro eu o li na escola de ensino primário e secundário Marechal Rondon, lááá... em Vilhena estado de Rondônia, terra do Tacacá, do Doce de Buriti, da Caldeira; antes, porém, não fosse, minha teimosa e precipitada alma ter-se enamorado com a tua, ao ponto de uma agarrar a mão da outra e não soltar de forma alguma aonde quer que a outra vá, igualzinho Eliseu e Elias antes do redemoinho e as carruagens de fogo; antes, porém, não fosse, meu torneado e incontrolável corpo preterir qualquer outro corpo e somente preferir sempre!... Sempre! ... o teu, ao passo que ele se enche de náusea e repulsa perto de outro corpo, que não sejas o seu excecional corpo; antes, porém, não fosse minhas robustas e firmes mãos de Desossador bovino, só se contentar ao acariciar tão somente a sua macia e efluviosa pele cor de pêssego e cheiro de plumeria, dum jeito que debalde já briguei e debati com elas amiúde, mas não teve jeito, não resolveu, elas ainda continuam teimosas, com suas frontes de ferro obstinadas; antes, porém não fosse, meus carnudos e molhados par de lábios cor de maçã, ter se encontrado com o seus lindos lábios pequenos e macios naquele dia de chuva e só se contentar com o incomparável doce sabor exclusivo, que emana somente de sua pequena e graciosa boca, (e que boca inesquecível!).
Atualizado em: Ter 29 Jan 2019