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Vigília

Ela tossia, tossia, tossia...

Tomou chá, xarope, água morna.

Chupou pastilha.

Rezou engasgada.

Fez simpatia.

Tossia, tossia.

 

Maldito picolé!

 

Raspei minha  garganta,

Na ânsia involuntária de limpar

a dela.

 

E o vírus gargalhava.

A garganta coçava.

E coçando tossia.

E tossindo coçava.

 

De repente acalmou-se.

Falei: segura, segura, relaxa!

Abre a janela.

 

Estamos todos sem ar.

 

Acabou dormindo, de tanto tossir.

Mas já era tarde.

Acordara a rua, o bairro, a cidade,

que,

em vigília,

esperavam a tosse voltar.

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Atualizado em: Qui 4 Jun 2015

Comentários  

#2 wicos 16-07-2015 21:14
valeu poeta essa tava brava
#1 azara 19-06-2015 09:27
Muito bom!
Abraços.

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