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Boca do inferno

Não quero as minhas poesias reféns às regras de concursos

As desejo livres e chamejantes com os versos traçando os seus percursos

As honrarias, deixo para o ego de quem degusta desses cerimoniais

Prefiro os ouvidos e olhos atentos às minhas Odisseias surreais,

e as prosopopeias das histórias que moram na minha imaginação

 

Não quero morrer na Academia de letras, artes e ofício acreditando ser imortal

Pois sei que viver o amor é preciso pulsado pelo compromisso social

Então deixo que os mortos enterrem seus mortos pelos cemitérios verticais

Enquanto eu vivo que vivo as culturas de todos os povos pelos oceanos transliterais

Alimentado pela história individual e coletiva de cada região

 

Não ambiciono aplausos por ser poeta e muito menos prêmio algum

Mas igual a uma águia destinar o meu olhar em direção esse lugar nenhum

É a inatingível utopia que me move em busca de todas as crianças estudando...

As famílias pelas comunidades organizadas os Serviços de acolhimento fechando,

e as escolasdesgaioladas contribuindo com cada geração

 

 

Não intenciono ser Gregório de Matos quando cuspo mil infernos pela boca

Mas do seu nome herdo o Guerra... Contra uma parcela da sociedade louca

Que mantém no poder os maus políticos que parecem bichos geográficos

São eles que fomentam a fome, a miséria, todos os tipos de tráficos,

e o caos cada vez mais obscuro na Saúde e na educação

 

Portanto, os prêmios dos concursos jamais serão o meu bem -querer

Quero a longevidade e não a mortalidade nessa minha pressa de viver

Enquanto deixo os concursos alimentarem outros egos

Aprendo a ler o meu mundo interior com os olhos dos cegos,

e apuro com a Libras por meio das mãos a minha audição

 

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Atualizado em: Dom 3 Maio 2015

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