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A Marca
Seres do passado
Assombram toda noite
Trazem antigos dados
Tomam o sono de açoite
Tão difícil deixar de lado
A ceifadora mostra a foice
E deixa a marca nos dedos
No tempo, pensamento
Nas fotos
Quando celebrar é sempre
Um lamento
Traz de volta sonhos depostos
O passado ainda é agora
Ecos do distante prazer
Quando o sonho está lá fora
E a alma se deixa perecer
Chega o tempo de ir embora
E ver um mundo renascer
Fica a marca no tempo
No suor, junto à lágrima
Dó e recordação
Mas quando há sorriso
Nascendo da lástima
Vale a dose de escuridão
Pois a próxima viagem
Exige apenas coragem
Outros sonhos antes teus
Viram eternos com um adeus
Ainda que pareça o Vale da Morte
Vale mais buscar a nova sorte
E se hoje tudo se torna lembrança
Amanhã sobrevive a esperança
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