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O cantar febril de um sonho realista.

Do sonho, que desce a escada do monte.
Que cobre a cabeça rebelde, que cala a boca sem voz.
O sonho ,que faz tremular no varal do quintal,
Um sopro cheio de vida, no som da viola; que faz o choro dos meigos,
O choro dos velhos, o choro da rosa e o choro do riso.

O sonho, não guarda memória, não gruda na língua, não deixa saliva.
Escorre sem pressa pelo pensamento, nem grita comando, nem deixa aviso.
Respinga no desenho da pele do peito, grudando na alma o mesmo sinal.
Na noite fechada com louco desejo, levanta o lençol e tenta sonhar...
Caminho de cores, de dores e gritos, de ânsia contida, desejos fingidos.

Se sonha, não conta, não fala e nem rima, não geme e nem chora.
O sonho é irmão, é amante, é aventura...
É simples, completo e privado...
É lençol de retalhos de rostos amados,
De gozos perdidos, de abraços esquecidos,
De bocas amantes e olhares marcantes.
O sonho é invasão, é destino, é caminho...

Leny Costa.

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Atualizado em: Seg 9 Jun 2014

Comentários  

#1 wicos 15-06-2014 10:49
parabéns valeu bela poesia

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