- Poesias
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L’ange du destin
Em sombrios dias de paz e pressa,
Bate em mim uma tristeza profunda,
Sou vida que o remédio venera,
Sou morte em batalha oriunda
Branda e opaca em meu começo,
Lenta e santa em estado de transição,
Me viram e reviram ao avesso,
Me levam a luz e escuridão
No escuro sou propensa ao desespero,
Mas atendo ao chamado da missão
Sou o não que responde o apelo
mas o meu negar não é em vão
E enquanto o sangue banha suas veias
O meu estado se denomina reação,
Rego seu coração de maneira,
Igual como vou de encontro ao chão
Ainda má não aceito desculpas,
Surda para grito e cega para imagem,
Trago choro e sofrer, mas sem culpa.
Sou a mensageira e não a mensagem
Nas batidas do baile que chamam de sina,
Odiada e temida é minha existência,
Tenho conteúdo, mas sou essência,
De medo de sorte de briga e de morte
Mas contrapondo-se sempre a verdade social
que as batidas do seu peito faço parar,
vivo e faço o que posso com essa ferida,
presságios mórbidos dissipo no ar
Começo a achar que não sou boa,
meios não justifico, mas levo a um fim,
porém lembro de todo bem que trago,
e alheia a horrores e estragos,
almejo esperança e salvação presentes em mim.
Um dia acabarei com tudo que há na Terra,
não sou destruição, sou a química na Guerra
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