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Reticências não refreiam os desejos
Diante da paz que eu não tenho... Queimei-me em teu inferno...
E me perdi em todo resto imprevisível daquele Universo...
Fui para a cama contigo e todos os meus impulsos...
Também os acasos das sensações...
Trocamos olhares...
Olhamos o que estava escondido pelo pudor...
Até que a imensidão do desejo não mais cabia nas mãos...
Ecoou teu uivo sob o luar que também não cabia no céu...
E. Numa velocidade doida e crescente...
Num rasgar de roupas e contra a parede...
A hora sem fim fez-se obscena...
E... Numa cavalgada insana e insistente...
Num queimar de almas e de saciar a sede...
A hora em fim fez-se serena...
E toda a raiva depois veio...
De não me conter,
de não deter isto tudo...
Acreditar no seu surreal
E toda raiva depois veio
De nas reticências eu me prender,
De me perder nisso tudo...
Sem dar um ponto final