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O equilíbrio limítrofe
“Meu espírito oscila na linha do tempo.. “
conquanto minh’alma padece no pranto da verdade..
Eis que no equilíbrio minha sobriedade titubeia..
E no prumo da orientação das horas incertas..
Ah, eu quisera… Ouvi até alguém dizer que usava o tempo à seu favor..
E os meus “ais”?!..
Tentam se manter sólidos no porto, no cais…
Meu espírito enfrenta seu pavor..
Na única verdade que ostenta o amor.
Alguém ai já experimentou a dor de entender o que é Amor?
Amor reúne.. Amor retribui.. Amor saúda..
Amor respeita e ajuda..
Um devaneio me disse que por amor te deixo ir..
É fácil, até quando a ti mesmo vem a intervir..
Óh aurora, outrora, aflora..
A dor que de mim se expõe agora..
Mais um devaneio diz-me que o Amor congrega..
Não se divide mas cega..
Com toda licença literária de meu ombro conselho:
“Deus eu te perdoo..
Te perdoo de tuas experiências..
Que aniquila almas prá sentir tua essência..
Criou o homem à tua semelhança..
Ah, isso não foi vingança..
Vingança de quem?
Olhar pra sí mesmo e poder ver alguém..
Com quem se possa inspirar..”
Em minha prole escuto o grito:
“Hei, eu estou te observando..
Em tua rima vou me inspirando..
Tu sabendo ou ignorando..
Eis que em teu exemplo vou me atentando”
Não fosse o tempo à meu favor..
Não saberia exatamente o tamanho da dor..
De ter a consciência que reunir é Amor..
Se no equilíbrio me ostenta a paz..
A simples oscilação meu espírito desfaz..
Óh sabedoria, só tu é capaz..
De entender o teor do que isto trás.
De tempo em tempo, eu tento..
Buscar o alento.. O acalento.. Na sabedoria do vento..
Do escuro é que tudo nasce e se faz.. se desfaz..
“Vento que o amor a ti trás..
Pode ir mas não se desfaz..
Me deixe só um pouquinho no silêncio..
Pra que eu te encontre a tão esperada paz
Voa.. voa passarinho..
Teu ninho aqui não se desfaz!”