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Nada contra a Métrica

Os sons dos meus versos não tem medida.

Eles são a própria extensão de Deus em minha  vida

Mesmo que contem cada uma das sílabas com seus preceitos

Que os  julguem pobres e imperfeitos

À minha cabeceira a poesia

 me desperta para os sonhos

Incendeia os olhos e a alma arrepia

As noites deixam os arrebóis bisonhos

Avermelha até a luz  do sol

A sucessão de sons das minhas rimas não tem nenhum valor

Elas são pobres de palavras comuns de um povo sofredor

Mesmo que as classifiquem quanto as suas combinações

Eu violo todos os tipos de prisões

Onde descanso a minha cabeça

A poesia me desperta para a lua

Impede que em mim amanheça

Ladrilha para o boêmio a rua

Que caminha em caracol

As estrofes dos meus versos no coração são para lá de mil

Não se prende às fronteiras... Vão além do Brasil

Chega até aos corações africanos

No sambaqui onde dorme o último dos Moicanos

Nas águas onde borbulho os meus pés

A poesia se faz veleiro para os continentes

Sem reta na direção e muito menos viés

Como um pescador de amor – meu coração o anzol

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Atualizado em: Seg 11 Jun 2012

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