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Meu céu de inferno

Se teus olhos se deixarem invadir pela radiação,

Pelos meus raios alfas retidos pela folha de papel,

A poesia com os versos em partículas de inspiração,

Carregadas por prótons e nêutrons de desejos nesse coquetel,

Formaremos um campo magnético de insensatez

 

Nós dois em uma velocidade incompreensível então,

Minhas mãos pelos teus caminhos em forma ascendente,

Fora de sintonia e longe doestado de repouso e meditação,

E se for soberana a razão serei mais um inconfidente,

Vestido de contra-senso diante da sua nudez

 

Se além dos teus olhos, teu ser se encher de coragem,

Traga desatravessada para a Terra o meu céu de inferno,

Se queime nesse fogo, nas labaredas dessa vadiagem,

Façamos o nosso tudo plenamente, pois nada é eterno,

O indicativo do presente se faz... Mas o futuro talvez...

 

Mas se você fechar os olhos e se acovardar

Estarei ao seu lado buscando aos pés de teu ouvido

As palavras mais incertas para te encorajar

Quero ser muito mais do que o seu marido

Um 12 de junho não se faz apenas uma vez

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Atualizado em: Qua 6 Jun 2012

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