person_outline



search

O HOMEM VIVO

Tenho sempre múltiplos desejos tortos

baseados nas irrealizações dos mortos

que jazem na poesia, não no raciocínio

e os tenho vivos declamando a energia

tradutora da louca, da frenética alegria,

incutindo nas pessoas certas o fascínio.

 

Ao descobrir a força que a sensibilidade

exerce contra a mecânica da ferocidade,

o homem cria beleza no antes horrendo,

mas ao deixar plúmbeo o céu, multiplica

a dúvida de sua agonia e nunca explica

o restar-se vivo, esvaindo-se, morrendo.

Pin It
Atualizado em: Qui 10 Maio 2012

Curtir no Facebook

Autores.com.br
Curitiba - PR

webmaster@number1.com.br