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VERSOS APÓCRIFOS (para Publius Lentulus)

Oh Lord! Deste Homem, aquém Santo chamam

os servis e senhores que Dele nada reclamam,

que a Ele rendem e emergem sua toda crença,

ouvi ditos e verdades em olhares tão profundos

quanto à tua lealdade moverei noutros mundos

a hereditariedade de tua força diante da avença.

 

Ave, grande deus presente! Nos meus suspiros,

nem neles, ainda que descrevam todos papiros,

serei tão absoluto quanto o mais reles seguidor

Daquele que traz no olhar candura e mistérios,

olhar penetrante de polidos cristais de minérios,

uma luz à dúvida aos que O seguem por amor.

 

Oh supremo! Ele, sem montaria e sempre a pé,

sem biga ou proteção, tem um exército pela fé,

elegem-No rei apesar da simplicidade da veste

não usa ervas ou porções, com a palavra cura,

sem jóias ou coroa, recolhe toda alma escura,

sua fama se amplia no império. Alea jacta est!

 

Oh divindade! Pelo modus vivendi é alógeno,

não exibe crias mas se quer o dizem misógino,

dizem a sua beleza admirada até no mundano

onde o respeito se torna presente e bem ativo,

arrebanha toda ovelha perdida ao mundo vivo

e estabiliza as vicissitudes do caráter humano.

 

Oh imperador! Ele, como arma, usa o perdão,

já O viram abrindo as flores de outra estação,

libertando e pacificando povos doutras terras,

sem multiplicar discórdias nem utilizar a fome

para benzer a verdade incutida em seu nome,

mostra o poder sem necessidade de guerras.



Oh amo e senhor! Que tátil seja tua piedade,

e que seja teu coração a cátedra da verdade.

Mas se queres figurar como deus à memória

que há de romper a semente do ser infecundo,

não crucifique-O como se ao Deus do mundo,

Ele é o Homem divino no livro de toda história.

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Atualizado em: Ter 27 Mar 2012

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