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Mundo real
Se o mundo visível é o real
Como não acreditar afinal
No amor da mãe que conforta por total
No ódio impulsivo que causa dor mortal
Se a pele fosse uma veste
E se a mente na verdade não soubesse
Se os olhos não visem o natural
Qual o seria por fim o mundo real?
Se as gotas que nascem dos olhos primeiro surgem no coração
Que bombeia não só sangue, mas também energia, expansão
Se nós sentimos muito mais do que pensamos
E ao fazer o contrário morremos mais do que nos alegramos
E se o real é na verdade o contrário
Do que pensam os cientistas, religiosos, e dizem os vigários
Se o ignorante é um sábio, e o resto é o inteiro
Sinto-me incumbido de não só descobrir, mas vivenciá-lo por direito
E vive-lo tento, me entrego ao relento de não querer
Ou de querer o que na verdade é o meu dever
Assim navego no mesmo rumo da onda presente em cada ser
Que não busca verdade para viver, mas viver para verdade ter
Apenas isso, nenhum compromisso
Pois o normal é natural, para o resto do mundo, é invertido
O que é real se confunde num labirinto
Dentro de cada interior, um espelho para o infinito
E nem sabem por onde começar
Se o começo vem de um fim, iniciar ou esperar?
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