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DIÁFANO (em nome da Rosa)

A Rosa, por sua natureza, em rasura exposta,

torna-me num monstro à alma desguarnecida,

uma metamorfose sem espelhos e escondida,

o arauto da serpente, núncio à dama disposta.

 

E porquanto disposta ao déspota dessa trama

que por atos soturnos gratifica o que fomenta,

essa tão singela dama pelo alimento alimenta,

deixando coturnos engraxados sujos de lama.

 

E o homem, pelo gênero demasiado humano,

por sua natureza crê-se perfeito no Vitruviano

círculo da estética onde a métrica não o dome.

 

Logrou a efígie vermelha e a prosa do profano,

sei, na cânone das proporções do meu engano

sobrevive a Rosa na ética fictícia de seu nome.

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Atualizado em: Sex 26 Ago 2011

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