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NÃO MAIS
“NÃO MAIS” (FANTASIA)
Parei de escrever,
Hoje, parei de vencer.
O que ler...
O que dizer...
Morrer, não mais,
Pelas letras,
Pelas lendas que se acredite
Em sonhar
Em que se habilite somar
O credor que será olho
Ao se notar que creditei a mim
Os enredos, os passaredos,
E os veios de sol e de chuva,
De nula repulsa
Da fantasia do soberbo,
Do selo,
Transporte para um cesto
Desperto de nunca;
De muita e de sua cura,
Pântano forasteiro.
Rascunha minha pele
De suor e de pêlo;
Freio que se cometa
E contenha-me cedo
Mesmo que para mim acometa-se
E receba-se, o fim da candura.
Não mais padecer
Ao encontro das palavras;
Das raras amarras,
Do nada!
Não mais querê-las,
Nem idolatrá-las,
Não mais abusá-las
Nem tolerá-las em sonhos
Nem fitá-las apenas ao desencontro
De loucos textos outros
Que minhas mãos desaprovadas
Valas e talas
Para reatar o meu desejo
Que em minhas ações
São as saídas,
E o foco
De dentro!
Adeus a quem me supriu,
A quem me iludiu,
Por um tempo.
Quero-te afora e longe
Tão mais se tome,
Eu que percebo
O sentimento mais sereno,
O veneno primeiro
Que trazes sem freios
De mim e por mim mesmo
E de outros que penam pelas noites
Em fome de encantamentos
Contem aos mais moços
Seus controles supremos
Onde menos são os que querem abandonar-se
E refogar-se ao afogar-se nas redes
Como quando das vezes dos que tem a missão
De então lhe implorarem.
Relembrar que por tanto tempo,
Tive medo,
Ciclo indigno e sempre o mesmo
Em destino acuado
Tátil como a ternura do tato
Como a paixão de que se encontra ao seu lado.
Sigo e compreendo seu legado:
Disciplina que semeou a despedida
E trouxe à ferida,
O arrependimento!
Para escrever-se não faz do fracasso,
O fiasco;
Ao sentido que pediu ao amor
A quem lhe é espelho
Que se preserve
E reserve mesmo a neve
O calor para depor
Ao conservar a imagem,
Que se prescreve em trajes
Egresso do lago
Para tornar-se incapaz
E pajem
De um letal,
Arrependimento.