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TEU SILÊNCIO (à Deusa Nórdica)

E quando me pergunto por que faço o que fiz,

buscando o brilho do olhar que não se revela,

monto vários quebra-cabeças na mesma tela,

mas teu silêncio vem êxtase quando nada diz.

 

Quando à garganta falta meu grito que apela

e demasiado dói meu coração miúdo e infeliz,

sinto que o norte é um corte no tudo que quis,

teu silêncio há de causar-me imensa seqüela.

 

Qual o meu querer? Tua vontade convence-o

em optar pela voluntária prisão desse silêncio

e arrisco a vida por saber, que nosso segredo,

 

dentro desse olhar, ainda que nunca se revele,

deseja que este esmiuçado coração se rebele,

e seja, à versão de tua história, o único enredo.

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Atualizado em: Qua 20 Abr 2011

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