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FOLHAS BANIDAS (ao AnarquistaPordeus)
De meus cigarros apenas sei que as brasas os consomem,não sei que intenção existe na ponta flamejante do fósforo,
por isso, alheio, entre tragos, viajei do Estreito de Bósforo
à poeira dos Marmeleiros durante a Madrugada do Homem.
Das chagas do tempo, o vurmo como chuvas de inverno
escorre num pulsar esquisito e que embora pareça lento,
mostra que meus anos banidos na velocidade do vento,
seguem velados numa nau entre nênias do sempiterno.
Há lá nos jardins dos Xiitas suspensos pela poesia pura,
o antídoto, o cânhamo, o bálsamo, a simplicidade e cura
para o ocultismo e obscurantismo presentes nas quimeras.
Como os anos que passam, vejo que caem folhas banidas
e aprendi a não perguntar o que fizemos de nossas vidas...
e que a vida caia sobre o Feiticeiro de todas as Heras.