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Volta para casa
Pego meus trapos, que estão longe do armárioVoltarei a vê que nada mudou:
nem o semblante
nem um sorriso
Somente as chagas que tomaram outros caminhos distantes do nosso.
Ponho no cálice o vinho,
espero o badalar do sino (inesquecível)
e me volto aos retratos na estante
Aquele sorriso
Aquele solto cabelo
Aqueles fincados olhos no horizonte
percebo distante e ausente a tua volta.
Sóis eu, prometem-se todos os enamorados distantes
que acreditam na união
nos pequenos encontros pelo acaso...
Rastejam-se as carnes de boneco ao chão.
Os sentimentos moram longe
são enfermos
e não solidários.
Prefiro não sentir saudades, é notar-te ausente.
Atualizado em: Qua 9 Abr 2008